Em mais de 13 anos de Conselho da Europa, vi muitos colegas de quem gostávamos, fazer a sua despedida. Muitas vezes lhes dirigimos na Comissão palavras de sincero elogio. Nunca vi ninguém ter uma "festa de despedida", como a que me fizeram.
Foi um gesto de solidariedade, sem dúvida. Pró Manuela e anti-Gama, também.
É, de facto, incompreensível, que tenha havido tão pouca sensibilidade para aquela situação...
Para além de ser relatora, eu era vice-presidente da Comissão da Igualdade e...Presidente da Delegação Portuguesa!!!
Será que em relação um presidente da Delegação (homem...) teria Gama tomado a mesma posição? Será que em relação a um homem do "seu" partido teria tomado a mesma posição?
Fica a pergunta sem resposta.
De qualquer modo, convem acrescentar que, em Junho, já depois de empossada a nova Delegação Portuguesa, Gama achou por bem OFERECER viagens pagas a todos os ex-deputados que foram distinguidos como "membros honorários" da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa: o Pedro Roseta (PSD), o Medeiros Ferreira ( PS) e eu.
Pedro Roseta e eu recusamos os dinheiros da Assembleia e fomos a expensas próprias,
O correlegionário de Gama foi pago pela Assembleia.
Faz algum sentido recusar, primeiro, o custo de deslocações de trabalho de representantes da APCE e, depois, pagar viagens de recreio a ex-representantes da APCE - ainda que para a finalidade de receber uma homenagem, por muitos anos de trabalho prestado?

Um inglês e dois portugueses, ainda que dois portugueses, ambos, do PSD. Nem por isso menos portugueses... Pareceria que as grandes figuras pátrias - e institucionalmente Gama não deixa de o ser, faça ele o que fizer - se deveriam regozijar. Mas não! Faltava a Gama um correlegionário na lista de honra... Por isso, não houve despacho para pagamento das viagens a Paris... Só para Estrasburgo!
Nada contra Medeiros Ferreira, evidentemente - entendeu aceitar a oferta para a deslocação a Estrasburgo, não a pediu. A crítica vai inteira para o outro, o ofertante selectivo.


1 comentário:
O simpático senhor que serve o champagne é, nada mais nada menos, do que um senador da República Francesa!
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