janeiro 21, 2011

Centenário da República em Espinho: as memórias de um verdadeiro herói das campanhas de África, durante a 1ª Grande Guerra - o ALFERES JOSÉ JACINTO

As comemorações do centenário da República foram, aqui e agora, em 2010, a ocasião mais do que perfeita para a criação de novos espaços de debate, de convívio e de confronto sereno e amistoso de ideias sobre a interpretação da história, suas linhas de ruptura e continuidade, sobre factos, virtualidades, projectos, que moveram a sociedade espinhense, permitindo que, em conjunto, se olhasse o passado – e o de Espinho começa, de um modo súbito e fulgurante, pouco antes da mutação de regime… - nos mais diversos domínios de muitas e variadas maneiras, mas sempre com a perspectiva de “fazer futuro”.
Espinho reouve ou prosseguiu, com o enfoque neste centenário, muitas das suas tradições identitárias de cidade aberta aos outros, de lugar de tertúlia e de festa, e, antes de mais, de “comunidade”, culturalmente dimensionada pelo espírito da sua gente, pela individualidade dos seus “maiores” e, também, pelo vigor e criatividade de tantos colectivos e instituições.
Deles, e dos muitos convidados que aceitaram o convite para partilharem connosco os eventos que animaram o ano do “centenário”, fala este jornal. É a forma mais simples e natural de lhes agradecer a participação no que foi, a meu ver, de princípio a fim, um admirável “exercício de cidadania”. Igual agradecimento é devido a um pequeno número de funcionários, que trabalharam, com imenso entusiasmo e eficácia, para que uma organização tão diversificada e complexa passasse de utopia a acto… Um mandato executado, por gosto, com exemplar espírito cívico! E o mesmo se diga dos “voluntários” aos quais se deve a feitura do próprio “jornal”.
Esta recolha, necessariamente incompleta, de palavras e imagens, de notícias breves sobre episódios, conclusões, ensinamentos, não têm a pretensão de guardar, em toda a sua riqueza vivencial, a memória dos acontecimentos – que, aliás, se expande, intangível, de mil e uma maneiras, na sensibilidade e na valoração de cada um.
Mas é uma lembrança de um ano singular e pretende-se que seja um estímulo ao prosseguimento da aventura plural e dinâmica de dialogar sobre o passado e o futuro da “res publica”, em Espinho.
Maria Manuela Aguiar

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