agosto 18, 2012

Só tópicos



1 - Travadinha e Berna na Ilha do Fogo

2 - As delegações internacionais e a incompreensão dos PAR (excp BM) Idem CS

3 - RAS e Reinos com Dom Duate, Sr Castro, Milho Cruz Luís

4 - Agustina em Amarante - como se termina uma festa feliz? Não terminando.

5 -Paulo Valada e o Encontro da diáspora no Porto. Apoio sim convite não

6 - Málice, Dom Duarte e Natália

7 - Málice e Toronto, sinónimos

8- Guterres e Anita Gradin

9 - Santa Bárbara -Mécia e L Belchior

10 - OIT Chamonix em névoa - Docas Sekanina e Maeda

11 O russo Yuri - quem falava o quê?

12 – Casais - paquistanes e indiano -contrastes

13- Sekanina e o cavalinho no jardim -sem preocupações, como o seu filho

O esquilinho - o carro vermelho a França, ali ao lado. Dubceck - as fronteiras, Lyon

14 - O impasse na fronteira eslovaca - com e sem Russel...

15 - Exame da 4ª classe. Guerra religiosa... pequena mártir

16 - Anos 50 - Manel V discreto e engraçado

Qd a bicicleta avariou...Todos Manueis Salvo o Jurgen – eu sucesso entre a samigas…

17 - FCP Toronto e o deputado que não era...

18 - SCP - e quase perdia o avião na conversa de aeroporto com o Antº e os leões

19 - 1ªentrevista de rádio na Suécia - eles com medo da PIDE por mim

20 - Oslo com a Gesine, depois do curso sueco

21 - Do curso sueco aos portugueses nele inspirados - Mega Ferreira, Beatriz RT

Geraldes Cardoso, Nogueira de Brito, F

Agria

22 - Com Agria na Holanda - família à espera do meu entrar em pânico no avião...

23 - A menina alemã que esperava uma SEECP de grande estadão...

24 - N Brito e o 1º Mº que tem pouco vocabulário

25 - 10 de Junho em Évora - Cargaleiro, ranchos que MS queria apressar...

26 - Ruth Escobar jantar na res do Cônsul-Geral de SP



(livrinho de M Laranjeira)

27 - Reencontro com os Covian no concerto de Berna e Durval

28 - Casa da Argentina -o tango...

C de Portugal - nem dança nem música, só conversação. Discussões com o Z João os jogos de futebol

Parc des Princes - derrota de SLB – a boleia O homem na lua -

29 - Sardão cometer uma boa acção – fazer redacções para as outras, até á última – as confissões do P Leão, aulas de literatura. “ daus na mesma tarde: o q é que lhe aconteceu? – Comer bacalhau – inventar uma língua –peças de teatro –pertencer ao coro, sem cantar – play-back – Aula de religião. Síntese da vida de Jesus (passou, fazendo o bem)

A procissão de vela - Soco no queixo de Clarinha - andebol, guarda redes - jogar à Monteiro da Costa, futebol clandestino - Podes jogar sozinha - histórias ao serão - os relatos - os quartinhos de piano – poesia

30 – o tremor de terra 68 – por carta

a boleia de Vincennes com a Docas – a excursão à Normandia – a compra do Peugeot – o furo, o simpático francês – prevenção sobre as estradas port. – as velhas da Bretanha – o desmaio da D em St Michel -

31 – o busto de Sá Carneiro: SP, com CS

32 – Manzini – a bandeira do FCP! Os retratos de ancien regime retirados das paredes

BH a mescla de regimes…

33 – Marcelo C em Espinho, R 19 – carro junto ao mar, bjs da Lélé. Pequenina

34 – OREGON – visiting professor, cursos nas aulas, conferências – jantar feminista com as professoras –a vida do campus, na casa da reitora ausente – o prof que falava de racismo no Brasil – entrevistas – visita pela costa

35 - Ilinois – menos cozy, menos memorias – tão perto de Northwestern

36 –OIT 68 – Qd fez um gesto nos cabelos longos e o tomaram por pedido de palavra – o assédio, nos primeiros dias, depois, a normalidade, as amizades serenas com os outros

Yuri e as mensagens por escrito (a vossa conversa é interessant,. mas não ouço o conferencista). Mesmo método, mais tarde, na APCE com Russel37

Excursão de tº a Turim e Milão – checo implicativo. Docas: qd a viagem ainda era só de tº . Conversão. Metamorfose da inglesa, que se sentia viva com osolhares e piropos – q tanto detesto…

37 - Jantar de festa em Vallais – cantar o hino…

38 – A Córsega - Luísa Baracho, avião em Nice, guardamos as sanduíches …Discussão sobre a língua corsa…de Táxi pelo Cap Corse, com um argentino que pagou a parte dele. Muito simpático. Sá Carneiro não me encontrou para a lista de deputados (Estava na sardenha, dizia ele…)

39 - Troca de ilhas, como com o Príncipe Filipe - A OBE – como conseguiu isso?

40 – MNE a batalha das condecorações – tentativa de me distraírem com presentes… (toalha de renda de Bruges). Nunca ceder…

41 – No jantar de homenagem de L Silveira, re.f ao caso da pensão do ex-PIDE. Minha proposta, decisão corajosa do Provedor, JMG

42 – Funeral de Salazar na tv do Nosso Café, com o Avô que era um fiel. A mulher de preto que chorava muito, não era uma rural, era a filha do Tomaz!!!

43 –Paixão infantil por carros. Aos 5 ou 6 anos sabia as marcas todas- a mostrar ciência na janela do quarto do Tio David – carrinhos de feira – perder a corrida com o Nestó, carro avariado…Chorar qd os empregados vinham tomar cona do guiador do meu carro…1ª condução no jeep do tio Eduardo (folga volante…). O Tio q nadava como ser marinho, q perdia o filho nos passeios de Espinho. Minha 1ª recordação – perdida na esplanada de Espinho (2 anos?) Tio S o grande empresário, mas péssimo condutor –o desastre do pai – gesso, ramo de flores (Antº). Reencontro com Abel Portal Caso divórcio, aprovação

45 – Aprender a nadar no Tua, perto da Freixeda. A comunhão dos primos! Excluída do coro da família

44 – Qd destravei o carro do pai na rua íngreme e o Avó Manuel segurou o carro… Um atleta. Campeão do jogo do sino – força e destreza – actor amador – tocava música de ouvido…

45 – Avó Q Francisca –varapau, cantigas ao desafio…

46 - PREC em Coimbra com Z Quim e Nina – Consensos… ateu, chei de obras de arte religiosas – justificação da minha ida para o gov MP (soc!) Nina o filho do Sr Dr Juiz, a filha do operário sou eu…Verdade –não somos classe operária…Os pequenos e a felicidade de ter prima…

47- Fac aulas no bar – aulas no Porto. Júri Com Fº Nogueira. Dia de todos os chumbos – não vamos ser saneados, porque sabem que foi justo– aula sobre dª soviético Exames – os MRPP…

48 Com Boaventura – quase pioneira de gender studies

49 – Presidente do gr de tº sobre o risco de ac de tº (1ª notícia das minhas actividades) – com Pernão e repda Intersindical, etc Rápido consenso Relatório com art do passado (40º aniv do INTP, sobre Ac de Tº, claro) …

Estava actual!

50- Visita ao Dr E Correia, Mº da Justiça. Veio à porta da rua despedir-se de mim. Um Snhor é um Senhor…ministro ou não

51 – A volta da posse de Pintasilgo,1 de Ag 79, calor infernal – levaram o carro de X basto, enqt almoçávamos…

52 – Registo de filmes vistos (nº 50)

Record em1960, com 95 filmes, entre bons e maus.Ir ao cinema pelo prazer de ir…

53 – Muitas condecorações, e até uma marroquina

Le WISSAU ALAOUITE – grau commandeur em 23-1-95

54 – Os cafés do portojunto ao Marquês: Satélite, Onital, Pereira,

55 – CCP em Porto Santo – Bagarre na abertura, entre AJJ e J Machado.

Escândalo a meio qd quase toda a delegação da França decidiu abandonar os trabalhos e fazer a sua própria reunião. Ao q respodi: São livres de o fazerem mas não com o orçamento de Estado, que não é para reuniões particulares. Abandonaram logo PSanto e deram conferência de imprensa em Lisboa contra mim. O costume. Passeio de barco cm AJJ e mergulho na baía dos Tubarões.

O ciclone na viagem para o Funchal.

56 – Comício do PSD na Foz, para jovens. Concerto de bandas. Com Brochado Coelho – entrada errada Saltar a vedação e aterrar em cima dos cabos – ia acabando concerto futuro…

57 – Dr Cassola, grande escritor! Mas crítico qt a algumas políticas –o q eu achava normal

V Gil , o concurso para homologação, a injustiça, o recurso judicial encorajado, a nomeação para VP do IAECP.

59 - Cabo Verde A madalha (10 anos de renovada amizade). Tarrafal – campo conc, depois, almoço na praia. Perda da mala do Berna, lagostas na bagagem, 30 malas e pacotes da comitiva - o DG que florescia em África –à procura da noite de CV (encontrou quase tudo….).. Mindelo: Berna proibiu, e bem, a serenata de madrugada – as anedotas do gr Coimbra, a fadista Esmeralda, o álbum de fotos feito pelas mãos de DG. O acordo de imig – carta do homólogo a Gonelha. Discurso de despedid de improviso, e no acento luso- cabo v como no luso br –os jantares na Bem Baptista Martins – último banquete, 400 pessoas na residência e jardins, fados.

60 –Mª Luísa informa: lagostas vivas! Corri a chamar a vizinha – Idm com a caça do atirador olímpico.

61 – Ilha do Fogo pesados com a bagagem, meninos loiros, paisagem lunar, Travadinha

62 – Margarida, a CV convidada para o CCP e tratada como outro membro qlq

Mas eu sou Cv! E eles: Tudo bem… (em Lx, da C Perm até um coleda do CCp queriam excluir…)

63 – Praia, negociações e informações, 15 de um lado, 3 do nosso -. Secretariado por CV – o D Geral dizia: Isto só foi possível, porque éramos todos muito inteligentes, as CV e eu”. Tão divertido (lá!

Entrevistas Tv rádio, Pedro Pires – novo encontro cordial na rua

64- De ganga na festa chique de igreja.

65 – Cite: Kennedys nas paredes, em vez de Che – lembrou a Ani no centenário.

66 – Boston o telefonema atendido po Luís GP, yes, yes (era em inglês, não entendi). Sem saber, até hoje…

67 – Acreditar na imprensa, qd o pai afirmava que eu estava em casa, não em SPaulo

68- P Cid e eu no autocarro para o MNE – ele nem queria acreditar

69 Os cadernos amarelos EM Caracas, nos arrumos… (Rita e eu a abrimos os pacotes em plena conf de imprensa…

70 – O Manel a ver um jogo nas Antes, lendo um romance… Vela era o desporto dele…

71 – yorkie de Ny para Lx – it looks real – toda a gente vinha brincar com ela – não dormi…

De Lx para Espinho, encontro com jornalista no comboio… Colunável…

72 – Como eu no Br 1980 – qd não havia M- na pol br

73 – Doença da yorckie – aprendi a cozinhar soja, ensinada pelo vet. She shares it with the dog…

74 qd vinha do vet, clandestina no MNE – no 4 dez pensei que ia morrer – acalmou qd cheguei a casa. Portava-se mal, qd eu chegava a Espinho. Na minha ausência, exemplar…

75 – 4 de Dez comício no Campo Pequeno, com S Brito. Notícia ao jantat no Grande Gatsby. Depois, A Correia. Rtp. Co F Amaral, São Bento, pela noite fora…

76 – Funeral - no carro de R Machete – impressionante, comício tétrico…

77- Antes, comício de campanha, 75 com Branca – camião do PSD’s da Graça- Pedras no Campo P (MES?)

78 – o salazarista que era PPD – o comício do PCP, saída de táxi

79 – Branca e os cartazes – a greve no gab de RM- como ela resolveu..

80 – Dr Amaral: nós os de Direita – enc de educação do seu pai…

81 - Posse de Nuno Tavares e “a comuna q o MP foi buscar”

82 – As nomeações de mulheres para a Inspecção e uma m- para delegada das RCT

83 – Encontro da CEFRES – o espanto de me dizer feminista, naquele governo

84 – O caso dos T-men do SCP. As pressões vermelhas…

85 – O caso da distribuição de gorjetas nos casinos. A meias com J Padrão. O encontro com os peticionários…

86 – Peticionária por Timor A limousine dos outros.

87 – A limousine que Crespo não queria em Wash. As críticas do outro Crespo – missão bem sucedida por Timor. A comunista não sou eu. Tradução por Teresa SC Gomes e eu…

88 O caso Ana Pinto de Sousa. Ela fica!

89 - Marcelino, Graça – UEDS

90 – 1980 A emig para a Suiça – Sá C e a sua ex-empregada eu ia emig,. Como se chama a empregada? Não sei. Acabou a emig naquelas condições…

91 – O apoio voluntário de Ed Costa – a visita a Toronto – o Motel de Luther King, etc

92 – Branca, grande chefe, grande (in) subordinada…

93 – O aso da Missionária que tinha passado pelo Canadá

94 – Costa Brás duvidava q gostasse do tº burocrático, mas gostei. Em casa, na varanda, a trabalhar, com a Maria a fazer-me café e a Endora por perto- Às 18.00 cinama, qd houvesse filmes para ver

95 – Primas novas – a tentar tapar-lhe os olhos - Manela, depois: já vi muito mais do que isto…Com a Avó Mª numa comédia italiana – e gostou, riu-se, surpresa. …

96 – d ia decifrar os despachos do Dr. JMG - a tarde a ouvir histórias fantásticas

97 – AR - o elogio fúnebre – de improviso, sem preparação, ninguém mais falou – q Coisa estranha!

98 – Alguns relatórios da APCE (caderno vermelho – 152 –

99 – O sucesso das conf de imprensa do J – Ghost writer do assessor – Margarida SM o ponto de equilíbrio.

100 – MS e o jarrão para o PR da Índia.101 – Sair para o centro de Harare – SP Rio


101 - 1960 Lar das Dominicanas - suposta tentativa de assalto. vem polícia. Acordou toda a gente menos eu... História repetiu-se em 1988 no Iraque, Hotel Al-Rachid -baterias anti-aéreas, barulho infernal, e eu a dormir o tempo todo!

102 - Únicas negativas na vida (para além de um falsa negativa a alemão) as das escritas de corporativo e colonial com Erhard Soares /subi na oral para a média de 14 no 2º e 15 no 3º ano.

193 - Triângulo Manel Q,  Mª Emília e eu. Ela gostava dele, ele de mim, eu apenas amigas dos dois...
Muitas situações divertidas

104 - Mª Emília - minha amiga e da Lecas,  No dia do funeral tinham combinado ir ao cinema. Mª Emília tel para saber a razão do atraso. Ficou deprimida. Eu, nem se fala...

105 - Entusiasmo futebol e ciclismo. Dias dos Santos no eléctrico de Gondomar para o Porto (10 com 2 traços)

106 Até ir para a escola fantasiava e mentia. Depois, não mentia, mas continuava a inventar - relatos de futebol, romances, contados durante os recreios, no colégio. Organização de jogos de futebol clandestinos  - sem castigo (podes jogar sozinha)

107 - Avô Manuel, em casa sempre a ouvir rádio, música ou futebol. Eu sentava-me ao seu lado, partilhava as emoções.

108 - Pai foi administrador do Diário do Norte - tinha bilhetes para cinema, circo, desporto...
E antes, com o Tio Manuel, em rep do jornal, acompanhou uma Volta a Portugal. Nós fomos a várias cidades, ao seu encontro.

109  - Dragão de ouro, depois das guerras com Mota Amaral, desde Sevilha, ao Japão, passando por Geselkirchen e pela inauguração do estádio. nesse dia, longa entrevista na RTP, com o Dr Pôncio Monteiro - um frio glacial... Ele cheio de febre. Eu constipei-me posteriormente.
no estádio ao lado de Aurora

110 -  Japão - escondida para não ver os penalties. Maniche riu-se imenso com a história...

111- Dragão de Espinho - surpresa absoluta (2011)
Anos anteriores, apresentação de Baía (2006),  Pinto da Costa (2007)

112 - Presidente da Assembleia da Delegação de Espinho do FCP, em 2008/2010.
conselho cultural nos anos 80. conselho de delegações . Visitas a Long Island com Paulinho Santos e a filha (encantadora), a Toronto, com Vitor Baía (até benfiquistas fizeram questão de estar na festa...
Inúmeras deslocações pelo país.

113 - Filha e neta de portistas - em linha recta desde a fundação do clube...
Antas, desde a inaug com o pai
Depois, com Tio Serafim e Tónio. junióres com o Tio David - para ver o FCP ganhar sempre...
Fº Gomes - o craque que i Tio vaticinava...

114 - medalha de ouro do Tio David - para deixar ao portista mais fanático da nova geração...

115 - Avô - cinema, cafés, Qd chapeu rolou e foi passado por um carro, em frente ao Batalha, para onde íamos.
Cinema tb com os Pais - no Porto, em Espinho...

116 - Passeios pelo Minho, Douro, termas...Vizela Aregos, Caldelas

117 - Fermentelos 1980 - o helicópero de Sá Carneiro. Governo feminino completo.

118 - versos do Sr Macedo Vancouver (note book)

119 - 5 out no Centro Republicano de Fânzeres - o ourives que tinha conhecido o Pai no Grémio e
dizia repetidamente: o seu pai era exageradamente honesto

120 - os  aspirantes a namorados, todos me limpavam as lentes dos óculos...se,pre cheias de pó e impressões digitais...

121 - gostava de uniformes, simplificavam a escolha de vestuário...
não ligava muito .. Tive de melhorar, qd cnsegui emprego, depois no governo...mas o cabelo sempre de qlq maneira...
Ayer, Costa Cabral...

122- Medalha para Roberto Leakl concerto em Guimarães viagem para a RAS

123 - paixão por animais - os meus cães, os meus gatos...
124 - Os 5 violinos na rádio comercial
125 - futebol RTP sobre Mário Jardel..., um Expresso da Meia noite... Praça da Alegria, co Eládio Clímaco, sobre  Baía


126  - Maria Elisa 2x sobre futebol (primeiro só com Mulheres, MJ
Nogueira Pinto, Rosalina Machado e eu..., segundo paritário, com Dacosta, Miguel Portas,
Leonor Pinhão)
O desconhecido que não gostava de me ouvir, mas mudou e opinião depois desse programa... numa rua de espinho
A tosse e o simpático conselho de Dacosta - desfavorável ao fute, com não podiam passar...
afónica em casa de Daniel - os amigos de Berna

127 . Mulher Presidente dos EUA - filme, com Pintasilgo, Roseta e eu. Encantados com a civilidade das mulheres...

128 - Pintasilgo e Teresa SCG  em Coimbra Graal - moderar o meu radicalismo...

129 RTP Praça - com Eládio Clímaco num FCP SCP sobre Baía Semana seguinte, elogio de benfiquista em montreal, almoço Dr caarlos Oliveira
 no Por no Coração com Merche sobre Ronaldo e Deco

130 Nas apostas contra o FCP... Querendo perder! En cas de malheur, ao menos ganhava a aposta...
Qd FCP ganhava, cedo para o colégio para relatar e festeja. Qd perdia, tarde, para já não me verem...

131 -  Afónica nos relatos - proibida pelo Dr Meireles. Ou no futebol, mesmo sem gritar. caso Académica N de Brito.

132 -  O pequeno tufão de Hong-Kong -  A tempestade tropical no Zaire, a caminho do aeroporto
Chegada ao Zaire - ar bebível, mais do que respirável, tal a humidade. Os mercados, com macaquinhos mortos, baratas para comer... Autocarros superlotados. o desastre... Idas com Embaixatriz Baptista Martins aos bairros populares...Alvaro Guerra Ciclo - picos...

133 - Infância Avó Maria e Guerra Junqueiro - o Melro... tão clerical, mas fã... Batem leve, levemente   recitava longos poemas, aos 90 anos. Adorava piano, música...tertúlias musicais na sala de visitas.

134 - Missionária - carta de um reclamante do canadá, referindo-se a mim...

135 - Russel e Thatcher

136 - O heckler da Ilha de Jersey - com o jornalista Ferraz. Mais tarde, morte suspeita do Vice-cônsul...E a ilha tão bonita...

137 - A 1ª conversa com o Presidente Eanes - Jan de 1981 no IDN - tomaria posse do Gov Balsemão nesse mesmo dia, à tarde

138 - Um par de Bothas!
Sec Estado - está há tanto tempo - é sua - prescreveu a seu favor
Ao Pai :a sua filha é das poucas pessoas que está na vida política para trabalhar
Parece que está a fazer serviço militar... (do Canadá para a Venezuela, aqui com Rui Machete e o chefe de gab - no  autocarro com a arraia miuda... cerimónia pela TV, lá dentro do Parlamento ...o banquete... a boleia de táxi, do deputado do PS... Hilton...polícia omnipresente, mas todos circulavam no átrio...

139 - Colégio Port de Kinshasa - a troca de presentes com a Milú...
Com Viana, Nogueira, Berto Barata... 1º Mº: Carl i Bond, Sec Estado N E: Izumbuir - ligação a Portugal
Leão de malaquite (Futre!) de marfim (Pacheco)
O chamado mercado dos ladrões
Ce grand et beau pays. Mobutu na nuvem até fecho tv, q dava muito desporto
lavar os dentes com laranjada

140 - Deixar o gov Balsemão, com o último festival da canção, na Feira.AR rep de Balsemão em Toronto, logo em Setembro..Fato de malha Chanel, impróprio para tanto calor. Multidão no largo em frente ao First

141 Inaug da cobertura do teatro na "Amicale" . a jogar matraquilhos, ganhei ao Mº do Desporto do Zaire. perdi no ping.pong. banquete Foto Ministro desaparece... Antes brilharete no "Bowling"

142 - cortesia de África contrasta com Austrália. A conselho de Emb Zózimo, audiêencia com o Mº Imigração - conversa dura, terminou melhor. levantou-se acompanhou-me  à porta... Sobre Timor...

143 - 1980 Com Tessa no Harlem  aflição do Emb - atraso para o aeroporto
Idas ao Sacks, ao judeu q vendia peles para Lauren Bacall

144 - VP da AR A receber a delegação chinesa - cavaco e Soares

145 -  frei Eliseu da Bahia: nascida para a comunicação. Sobre Docas: o desperdício de talentos

146 - Maria, Endora  e o cravo do 25 de Abril

147 - Os primeiros 1º de Maio
O imenso desfile, a fugir das bandeiras vermelhas do PCP...
A 1ª saída do PPD, com R M à frente - pancadaria no Arieiro - depois e paz, desfile pelas av novas, mini comício na PR J Fontana, em frente ao Liceu...

148 - Maputo   - os Abstractos
Mais tarde, a delegação, o medo  de alguns...
Outra visita: encontro todo o governo a passar na sala VIP- que boas maneiras!

149 - O camelia festival, em  Sacramento, síntese histórica bem sucedida

150 - Oriente, onde conhecem a nossa história...Japão deleg. parlamentar (cobaia, depois da guerra MNE Fº Amaral)
qj R Mota ganha a maratona... champagne caríssimo.
líderes todos partidos
elogio de Emb Melo Gouveia
gostar ou não gostar da culinária (só eu sim...)
presentes bem apresentados
a cerimónia da chá.
silulacro de roubo de carteira
cartões de visita - O susto co Narana
regresso num avião perigoso...
simpáticos... cumprir horários... nosso diplomata japonês cada vez mais latino
os católicos de Omura - museu das descobertas...


151 - Delegações femininas - Iraque
A federação, as grávidas
o suposto ataque aéreo
a ida a Babilónia
Museu do Traje
O míssil
O nosso Embaixador - Andresen Guimaraes
Larnaca - avião sequestrado

152 -  Israel
Páscoa em Jerusalém, escolta armada
Massada, tel Aviv
Gad ranon

153 Mécia de sena e Mª Lurdes belchior em Santa Barbara

154 - Encontro com Amália através dos primos Seabras - os jantares no Sheraton, no Ritz...

155 - Índia - as magras vacas sagradas
Bombaím. Goa, o speaker do parl, o hotel Mandovi,  Velha Goa, o entrudo...

156-  Malaca
Padre Pintado, Joan
2ª vez  - delegação, pescador que nos saúda, folclore, Pr São Pedro
3ª vez, com Nó, em rota para a Australia

157 - 2x na Austrália
1982 . com Tessa e Inácio.ida a Perth, encontro timorenses  - depois, em Lx, com Tilman decisão de criar comissão parlamentar - Com R Eanes "Qd estive em Timor..." depois corrigi: com timorenses - boleia com UDP Major Tomé (rurais do norte . os do Eurico? espanto!!!)
 visita associações de Sidney -possum  grávida- 
1998 com Zózimo da Silva  - Sidney, Melbourne e Camberra
A rua errada no sítio certo - museu . associações gigantescas Warrnanbul, Wollongong

158 -OIT   feminista paquistanesa
Montreux, albergue, hóquei, Cristina.  falar russo com Yuri...Chamonix,  Lyon, Lausanne, Itãlia- Vallais - cantar o hino - 
casaco Tia Lena (as peladas) A flor do kauko, Jimmy Mancham,  a amiga brasileira e o massacre dos indios...

159 - Jardel e Karen no centro Transm
 O socialista que mandava coroas fúnebres - a campanha de Mário S O -  livro sobre a reciprocidade

160 - Mãe - viviam como princesas.

161 - grã-cruz co PR Sampaio - as cores do clube


162 - CCP 81 - Palácio Foz - os primeiros embates
./emig transoceânica/europeia
As hostes do Cardeal Medeiros/ quem preside? (autonomia assumida - MNE's a leste . vantagem coligações) Dr Cachadinha, Almeidinha, Ribeirinho Rato, P Filipe Rios... Fª Agria...

1996 - Paris  - Ribeirinho e "o nosso Conselho" - colóquio sobre direitos dos emig APCE

163 - A visita dos conselheiros a M Soares

164 - O discurso do Bispo de Bragança e Miranda

165 - Conselhos de Ministros . Passos Coelho devia ter estado lá, para perceber que Mota Pinto não era a carruagem de trás do comboio...Eu fui lá 2 ou 3 vezes
Declarações de P Coelho na inauguração do Ins M P em Viana do Castelo.

166 - 8 março 2012 - Vi filme s Thatcher - lembrei.me dos filmes visos de mão dada com o M -

167 -  Os vestidos iguais:  no 10 junho Conn, mulher do Mayor - Mª Luisa - Eduarda
chapéu, casamento de Inês Mª

168 - 10 de Junho com o visconde açoreano

169 - Newark - qts 10 de junho? calor- carro aberto com Leonardo Matias. TV Portugal no Coração
Marshall Amália - eu própria - Zé Gama - vestido comprido, NY - 

170 - Como MNE - reaçção ao reconhecimento pela Aust da anexação de Timor pela Indonésia

171 - Viagem a NY por Timor - saídas de Queiró nas traseiras da limousine
Cogresso - Kennedy, Barney Frank

172 - Com Tia Lola, saudação a Kennedy numa rua de Lx
Tia Lola e as vedetas... Diana...

173 - palácio da Bolsa - os Príncipes de Gales

174 - o britânico que tinha vivido em Buckingham, falta de humor de Di

175 - Japão a doença do imperador

178 - Criação dos gr de Amizade, no regresso

179 - M- PSD . cração de Associações autónomas
O "Observatório

180 - A Comissão de Humanização de Hospitais--

181 - o desastre de automóvel, cerca de  Aveiro - para homenagem ao Dr Fael,,,

182 - Oftalconde - o acordar da operação a ouvir falar de Sá Carneiro

183 - a 1ª ida à Madeira - o motorista sr Francisco, e a discussão partidária
a greve da TAP . a última a regressar...

184 - a jogar no casino se,pre a ganhar /dar o lucro à Isabelinha)

185 - os festivais da Canção Boticas Amarante (Tony de Matos) Trancoso

186 - Filmar as feiras francas - a equipa de video - as notícias via telex - os programas do Sr Fabiano

187 - Léon - o 10 de Junho do Cônsul honorário. o convívio com os espanhóis

188 - Marrocos - o seminário e o convite do rei Hassa II a E de Melo
jantar com os Principes . na mesa do principe menor

189 - Toronto - António e Amélia como acompanhantes constantes

190 - 1980 Ludlow . a entrevista divertida . cõnsul deixado ozinho

191 . O 1º comício 





agosto 14, 2012

Emig - uma simples frase

. Longe de Portugal, convertem, tantas vezes, a ruptura, as dificuldades, as saudades, as emoções e condições contraditórias, em oportunidades de fazerem carreira, pela integração, e de recriarem e expandirem a sua cultura, dando-a aos outros, em vivências partilhadas de tradições, memórias, costumes, modos de estar. Assim surgem e assim se continuam as comunidades portuguesas, de que tanto falamos, muitas vezes sem lhes reconhecermos este conteúdo orgânico, institucional, de aventura portuguesa colectiva, que acrescenta significado à puramente individual.

Para a Academia de Bacalhau de Paris

O modelo associativo das Academias do Bacalhau é, no panorama da Diáspora Portuguesa, um caso absolutamente singular, por muitas e boas razões. Parte de objectivos fundamentais, que são comuns a uma maioria de organizações das nossas comunidades, tais como a vontade de convívio e o impulso à solidariedade, mas encontrou para os prosseguir uma via inteiramente nova. Um almoço de amigos, repetido, com regular frequência, num intervalo de trabalho, passou, por decisão de um pequeno núcleo de fundadores, a ser enquadrado em regras e rituais inspirados nas nossas antigas praxes académicas, num regimento interno que favorecia a ampla angariação de fundos, destinados, na íntegra, a fins de beneficência.
Esta combinação de um lado perfeitamente lúdico, com um outro exemplarmente solidário é, como fórmula de raíz, um "achado", uma ideia de génio. Todavia, para ganhar existência real e para fazer a história que hoje conhecemos e celebramos. a ideia teve de ser servida por grandes executantes.
E foi - e é!
O meu primeiro contacto com este fascinante paradigma associativo bem português aconteceu, há mais de três décadas, na Academia matriz de Joanesburgo. Foi-me apresentado pelo próprio fundador Dr. Durval Marques, como uma obra de fiéis amigos, verdadeiros "compadres", que, num ambiente de camaradagem, de festa e de alegria, não esqueciam os problemas e as necessidades da sua comunidade e procuravam dar-lhes solução.
Ao tempo já as realizações eram notáveis, a começar pela Sociedade de Beneficência de Joanesburgo - uma das maiores do mundo português. E, por isso, me tornei uma declarada admiradora das Academias e tive a honra de ser uma das primeiras mulheres admitida na Academia do Bacalhau de Joanesburgo.
Não me surpreendia o facto de, nessa época, serem exclusivamente (ou quase exclusivamente) homens os membros efectivos, os "Compadres" das Academias - porque estas nasceram de uma realidade de convívio, ela própria masculina. As comadres eram as suas mulheres, convidadas para festas especiais. E que o propósito não era discriminar, provava-o a cooptação de algumas senhoras, a começar, se me não engano, por Amália Rodrigues.
Sempre aceitei o associativismo, tal como o concebiam e o fomentavam os seus criadores e participantes, e, consequentemente, colaborava na nossa Diáspora, com organizações femininas, masculinas ou mistas, por igual, embora considerasse que estas últimas haveriam de prevalecer de uma forma crescente e dominante.
As Academias são, aliás, actualmente o melhor exemplo de evolução neste sentido - e a Academia de Bacalhau do Porto é uma das que conta com várias influente Comadres na sua direcção


As Academias precisam de todos , mas não precisam para funcionar de sedes de pedra e cal - elas estão onde está a sua gente, actuante e dinâmica, pronta a reunir em encontros que podem acontecer em qualquer lugar - à imagem do próprio país, que é mais a sua Cultura, a coesão de um projecto nacional, o seu Povo, a sua Diáspora, do que o seu pequeno território...
Achando o esquema perfeito, não podia, porém, nessa época, adivinhar o crescimento e a dimensão universal que este paradigma associativo assumiria no futuro. Uma feliz evolução, que se iniciou, de uma forma espontânea e natural, quando emigrantes regressados da África do Sul trouxeram consigo a boa tradição convivial e benemerente das Academias, que logo se espalharam pelo País. E, nesse "élan", não pararam nas nossas fronteiras geográficas, depressa chegaram às comunidades da Diáspora. E aqui assumiram um papel singular e verdadeiramente único no domínio do movimento associativo português, que é forte por todo o lado, grandioso, mesmo, em vários países e continentes, mas ao qual faltava, o que existe nos outros países europeus de emigração: a vertente de diálogo e de ligação internacional entre comunidades dispersas no mundo inteiro.
Hoje, os Congressos das Academias do Bacalhau são verdadeiros congressos universais de Portugalidade, de afirmação da cultura e da solidariedade.
Que fantástica história de sucesso!
E como mostra virtualidades de responder aos desafios dos novos tempos, em França, na Europa e em outros continentes, agora que emerge uma emigração portuguesa tão diferente da que marcou o século XX! Uma emigração inesperada (pelo menos para alguns, para os mais desatentos) nas características, no volume, na forma de de relacionar com a sociedade de destino e com a terra de origem.
O associativismo tradicional tem o seu lugar, com um património histórico e uma capacidade demonstrada de estruturação da vivência colectiva de muitos, mas novas fórmulas são essenciais para trazer outros, também muitos e cada vez mais, para a vida comunitária. A Academia da Bacalhau de Paris está numa verdadeira "linha da frente" para atrair e congregar uma nova geração de mulheres e homens, capazes de grandes empreendimentos pessoais e, também, colectivos, se tiverem ao dispor os instrumentos adequados.
Foram momentos inesquecíveis, os que passei, com os Compadres e Comadres da Academia de Paris numa dessas belas Associações, que chamo "tradicionais", em Puteaux, e espero que encontros nas "casas portuguesas" da Diáspora possam, assim, prosseguir - em boa harmonia e cooperação.
Agradeço essa oportunidade de convívio inesquecível, e também, a de lhes poder dar a minha visão pessoal da importância de todas as "Academias" e da de Paris em particular.
Celebrar alegria de viver, num círculo de amigos, e fazer beneficência e progresso no círculo alargado dos que de nós precisam, é um belo projecto, que convosco partilho.

Maria Manuela Aguiar
Comadre da Academia do Porto

agosto 07, 2012

As Academias de Bacalhau estão hoje espalhadas no mundo, como
verdadeiros padrões de presença portuguesa, cumprindo uma  vocação
matricial de convivialidade, que vem marcando o seu trajecto  de
várias décadas, sempre a irradiar alegria, a expandir a nossa cultura
e os nossos costumes, a oferecer solidariedade a quem precisa.
A ideia que lhes deu origem é, em si mesma, uma ideia felicíssima e
singular: partir de uma simples tertúlia de amigos, reunidos num
almoço habitual, e juntar-lhe - numa fórmula que faz toda a diferença
- as componentes essenciais da cultura e da beneficência.
Mas por muito interessante que fosse este "achado", ao colocar uma
forma de associativismo lúdico ao serviço dos mais nobres objectivos
da sociedade, os seus autores não terão, com certeza, imaginado a
assombrosa aventura humana em que haveria de se traduzir!
O mundo da Diáspora portuguesa era formado por um sem número de
comunidades engendradas pela mesma vontade de preservar a
identidade nacional e de conservar os laços afectivos de ligação à Pátria, mas
que, não obstante o que as unia, permaneciam distantes e
incomunicáveis entre si.
Era preciso dar um passo em frente para formas mais englobantes de cooperação
 entre  instituições congéneres, entre Portugueses dispersos no espaço
geográfico
 dos cinco continentes. Uma meta que, face à experiência do passado, parecia
inatingível. Seriam os portugueses, ao invés de tantos outros povos
europeus da emigração, definitivamente, avessos ao envolvimento num
amplo movimento de
convergência? As Academias do Bacalhau  vieram  provar que não. Ao longo
de mais  de quatro décadas, mostraram tanto uma enorme capacidade plástica
 de se moldarem à situação e características das sociedades em que se inseriam,
como uma surpreendente facilidade de vencer as distâncias geográficas,
estabelecendo
 a ligação permanente entre todas, pontuada por congressos mundiais,
que juntam centenas
 e centenas de "compadres", em sessões de trabalho e em convívio fraterno.
Do acolhimento se encarrega, com invariável eficiência, a Academia anfitriã.
Este movimento converteu-se, assim, em paradigma de diálogo e articulação de
projectos a nível intercontinental, e é também o único actuante, em simultâneo,
com o mesmo espírito e as mesmas regras, na Diáspora e em Portugal.

E pensar que tudo começou, em Março de 1968, num restaurante de Joanesburgo,
durante um almoço oferecido por quatro amigos a Manuel Dias, o mítico
jornalista
portuense!
 Aí surgiu a ideia, segundo nos conta o fundador e presidente
honorário das Academias,
Dr. Durval Marques. Depois, os quatro (Dr. Durval Marques, Eng.º José Ataíde,
Ivo Cordeiro e Rui Pericão) suscitaram adesões e trabalharam em
conjunto para dar
configuração ao projecto, definindo os princípios informadores, as
particularidades
 e formato original da futura agremiação. A Academia do Bacalhau de
Joanesburgo seria
 lançada logo a 10 de Junho desse ano, durante a primeira grande
comemoração do Dia
Nacional na capital do Gauteng. Estava bem gizada e pronta a dinamizar acções
mobilizadoras em seu redor, com o seu exemplo, promovendo,  a disseminação das
Academias em outras cidades.
A designação "Academia"  não tem conotações elitistas - as regras  de tratamento
 no seu interior excluem, aliás, o uso de quaisquer títulos
universitários ou profissionais -
antes apela à camaradagem, à união, sem excluir a dose certa de
irreverência, que quadra
na perfeição com  as praxes e rituais adoptados, a fazerem lembrar os
das nossas
organizações académicas, sobretudo as do Porto, do Orfeão
Universitário,  de onde vem
 o "gavião de penacho", que se canta em coro, em momentos altos.
A "Academia-tertúlia" não tem sede, o seu património são as pessoas, que podem
 reunir em qualquer lugar, à volta de uma mesa de restaurante, em
frente a um prato
 de bacalhau, "o fiel amigo". A focagem na amizade revela-se, igualmente,  na
denominação de cada um dos seus membros: " compadre",  sinónimo de "melhor
amigo", aquele que se convida para padrinho dos filhos. Ali não há
"doutores" todos se
tratam, familiarmente, por "compadres". As suas mulheres, as chamadas
"comadres", desde sempre, estiveram presentes nas festas especiais,
como convidadas,
não inicialmente como sócias.
Este é um aspecto que não gostaria de omitir, e que, do meu ponto de
vista, deve ser
situado no seu contexto histórico. A génese da tertúlia de Joanesburgo
explica "de per si"
 o "porquê" da estrutura ser, na origem, exclusivamente  masculina, e
afasta a hipótese de
qualquer intenção deliberadamente discriminatória: eram os homens que
conviviam, entre si,
na pausa de trabalho, ao almoço. As mulheres, simplesmente, não estavam lá, não
partilhavam o mesmo círculo de actividades ou de camaradagem
profissional.  Por isso,
quando essa factualidade se alterou, com as mulheres a surgirem, lado
a lado, com
os homens no campo profissional ou associativo, foram sendo admitidas,
  em muitas das Academias, como filiadas de pleno direito, e logo as vimos
 em lugares de direcção ou  mesmo na presidência, por exemplo, em
Toronto, na Nova
Inglaterra, em Brasília.  O que não tem paralelo em outros ramos do
nosso associativismo
mais antigo e tradicionalista.
Refiro-me ao acesso em massa das mulheres, que aconteceu,
primeiramente,  em países,
onde a igualdade de género era mais conseguida. Mas, de facto, a
título excepcional,
algumas senhoras haviam sido, muito antes, admitidas, como membros da
Academia Mãe de Joanesburgo, mulheres de Artes, de Letras, como Amália
Rodrigues (a primeira de todas), Vera Lagoa, Graça Sousa Guedes, ou
oriundas da política, como eu mesma. Aceitei, com entusiasmo, esse
estatuto por um lado, porque
estava ciente da importância de abrir precedentes e confiava  na
capacidade de ajustamento
 daquele modelo organizacional a uma realidade em evolução, (não só,
mas também, no
que respeita à colaboração igualitária de mulheres e homens) e, por
outro lado, porque
 admirava as Academias e acreditava nas suas virtualidades de fazerem
coisas cada vez mais
 extraordinárias.

 O  lugar ímpar e cimeiro a que as Academias ascenderam no universo da
emigração,
 ficou, evidentemente, a dever-se à qualidade dos seus dirigentes. Tanto os
pioneiros, como os que lhes sucederam eram (são!) líderes de larga visão,
conhecedores da importância de conjugar esforços para consolidar e engrandecer
verdadeiras comunidades em terra estrangeira. Sabiam bem que estas
podem datar o
seu nascimento e formação do início do associativismo.  Podem mesmo, a meu ver,
sintetizar a sua história  numa glosa lapidar: "Associo-me, logo
existo".   Este poder criador
 e estruturante de comunidades, em sentido orgânico, está, de há
muito, estudado e definido
  e é corrente distinguir,  de acordo com as finalidades principais,
as instituições
de assistência e solidariedade, as agremiações de fins culturais, os
clubes e centros
 e recreativos. Todavia, as Academias do Bacalhau escapam a essa
divisão clássica,
devido ao ecletismo e pluralidade dos seus fins e à singularidade dos
meios utilizados
 para lhes dar cumprimento. Conseguem ser, do lado da Diáspora, um elo de
ligação à Pátria, e, também, a partir das Academias existentes no nosso país,
um meio de compreensão  e de convivência ecuménica  com a Diáspora.
 Há, entre os seus membros muitos emigrantes ou ex-emigrantes,
considerados, justamente,
“gente de sucesso” É excelente lembrar o percurso individual de cada
um,  mas sem
esquecer o que tende a ser mais subestimado: as suas realizações colectivas..
 Um longo relacionamento com as comunidades, leva-me a acreditar no papel
insubstituível do associativismo, em que vejo," um ímpeto de
Portugal", de que falava
Pessoa - o ímpeto que despertou para a acção concreta  os fundadores
das Academias,
no sul da África, e, depois, um pouco por todo o lado, em instituições
que avançaram  e
cresceram à medida dos desafios com que foram deparando.
Julgo que o processo de descolonização de Moçambique e Angola, e, com ele, a
necessidade de valer a dezenas de milhares de refugiados, foi um dos
factores decisivos de
 uma rápida evolução para patamares  de actuação cada vez mais
elevados, com a criação
da Sociedade de Beneficência de Joanesburgo e do Lar Santa Isabel,  na
segunda metade
 da década de 70. Um passo de gigante, que centrou a acção das
Academias definitivamente,
 na acção humanitária.
E o regresso, em grande número, da África do Sul, anos mais tarde,
terá sido determinante
 na constituição de novas Academias no nosso próprio País. Os
"compadres" retornados
trouxeram consigo a saudade de África e a determinação de retomar o
convívio e o trabalho
beneficente, em terras portuguesas.
O Porto foi uma das primeiras cidades do país em que isso aconteceu -
como não poderia
deixar de ser,  já que, através de ilustres portuenses, havia  estado
presente em Joanesburgo,
no momento verdadeiramente genesíaco, e em todo o processo em que tão
grande aventura
se veio a desenvolver. E bem pode dizer-se que a imagem de marca da
cidade - força de
trabalho, poder de iniciativa, extroversão  da alegria de viver - se
evidencia, hoje, na
dimensão e no dinamismo da sua Academia.
A fase seguinte foi a de expansão em novos destinos  da Diáspora, o
que nos leva a
perguntar:  e agora, que futuro para as "Academias"?
 Em tempo de crise sem  fim à vista, num ponto de partida de grandes
vagas migratórias
- a chamada "nova emigração", fenómeno recorrente em Portugal, em ciclos que se
encadearam, inparavelmente, nos últimos cinco séculos - quantos
desafios vemos pela frente!
É o momento de pormos nas Academias do Bacalhau as maiores esperanças, apostando
na sua experiência para enfrentar conjunturas difíceis e, como é da
sua natureza, fazer
história em gestos de solidariedade e simpatia.
Afirmação que avançamos, de caso pensado, com segurança, pois estamos
a falar, afinal,
naquele que se transformou no mais moderno e dinâmico movimento de união dos
Portugueses do mundo inteiro.