junho 18, 2012

Tópicos - conferência de Londres

1 - Navigations, colonisation, emigration -a men's world, very few women
(from 1500 on almost 1/3 of the population moving around the planet)
Boxer points out opposite policies in Spain and Portugal

2 - Exceptions
Orfãs d'El Rey (homeless girls married to expatriates (husbands getting jobs, lands,...) India, Zambezia

Family emig - Angola - later on, Hawaii

3 - Clandestine exodus... (men and women, as well) - 1/3 of total
Limitation or repression of emig - more so fem. emig, increasing by the begggining of the XX century (30% W)
Experts, polititians, E Silva, Aff Costa; depreciation of the emig phenomenon
(public interest: savings, return os expatriates - both diminishing with family mig)

4 -  Feminisation of emig  -  new increase - in the 70's,  50% (gas crisis)
Risks . dependence on husbands, unemployment, isolatio
Double discrimination  - men and w of host country/ emig men

(diverse circunstances - generally: acess to labour market, emancipation (compare to non emig port w...)
Awareness of individual rights and social causes, new ways to be W (mother, wife, citizem worker
they benefict from more equality, in family and society
Contributors, econ ,well-being culture. integration whole family

(port: propensity to adapt, to imitate, to respect other ways; in Rome, be roman)

5 - Port communities . network of association
(propensity to create associations)
W - change of nature in the assoc... culture, traditions, seats of community life . invisible, but influent  - extension of portuguese society. extra territorial phen..

6 - 2 Worlds. 2 rates of progress

Mixed assoc - fem assoc  Deluting in the futur?

7 - New fem emig
Independent, educated

8 - Fem emig - unknown History. History in the making



9 - E Lourenço; generation of winners
 Fem emig Double winners
 as emig
 as Women







junho 16, 2012

Conferência de Londres sobre emigração portuguesa (resumo da intervenção)


The role of woman in the Portuguese Diaspora has been relatively
unacknowledged throughout centuries of huge migratory movements
largely dominated by  male stereotypes.
Nevertheless emigration had in fact profound effects in the life of
women within the family circle, in society and in the labour market, and
women  did strongly contribute to transform both individual
immigration projects and  the Portuguese  communities in host societies.
Traditional Portuguese policies opposed and limited feminine
emigration as women were expected to suffer "double discrimination"
abroad (as foreigners and as women) but recent studies and  hearings
of women speaking for themselves reveal that in many cases and for a
majority of them, emigration signified more rights and opportunities.
In more prosperous, modern and egalitarian societies they became aware 
of individual rights and of social causes and learned new ways of being 
wives, mothers, citizens and professional workers They were a decisive factor 
in the integration and in the wellbeing of the whole family and very often 
an obstacle to the choice of returning to the country of origin.
Inside their ethnic group, they also played an important role in the
setting up of cultural organisations guarding traditions and ways of
being and living collectively. But the association movement is still mostly
led by men, women reacting in some cases by creating their separate
associations . The major institutions of Portuguese emigration are
still less egalitarian than the host society as a whole  - although some more
 than others.
A comparative view of progress in this domain, through research,
seminars and debates is a way to press for change.




 

junho 11, 2012

ACADEMIAS SENIORES DE ARTES E SABERES ( ASAS)


(Anteprojecto)




ACADEMIAS SENIORES DE ARTES E SABERES (ASAS)



ESPAÇO DE ANIMAÇÃO CULTURAL NAS ASSOCIAÇÕES PORTUGUESAS DO ESTRANGEIRO



1 - No ano europeu para o envelhecimento activo e o diálogo intergeracional, a Associação Mulher Migrante, com o apoio da SECP e a colaboração de vários parceiros, entre os quais a Universidade Aberta, propõe a criação de uma rede de "Academias" através da organização de cursos destinados a maiores de 55 anos, versando sobre uma diversidade de matérias, da livre escolha de cada associação.



2 - Os cursos são constituídos por aulas, palestras, seminários, viagens de estudo e outras iniciativas, podendo cada participante seleccionar os que mais lhe interessem.

É desejável que a frequência seja aberta, por igual, a mulheres e homens, com a preocupação de assegurar a natural paridade (ao menos em termos de uma percentagem significativa de ambos os géneros) e que entre os monitores de cursos ou conferencistas se procure a componente intergeracional, apelando, quando se julgar, possível e vantajoso, à colaboração dos mais jovens.



3 - Essas tarefas deverão ser desempenhadas, em princípio, em regime de voluntariado, embora cada Academia seja autónoma nas suas decisões, podendo optar por formas de remuneração simbólica dos docentes ou solicitar contribuição aos auditores para custear as despesas havidas com o funcionamento das Academias.



4 - Nada impede, também, antes pelo contrário, que os auditores de um curso sejam os mestres em outros, de sua especialidade, visto que a troca de experiências de vida e de saberes é uma dos objectivos principais do” projecto ASAS”.



5 - Um tema recomendado, ao longo de 2012 e 2013, a todas as Academias que venham a criar-se, neste contexto, é a recolha oral de histórias de vida na Diáspora e (ou) a escrita autobiográfica dos emigrantes. Para o desenvolvimento das suas actividades neste domínio, as academias contarão com a cooperação pedagógica e científica da Doutora Joana Miranda, da Universidade Aberta de Lisboa.



6 - Exemplificação de outras disciplinas susceptíveis de comporem os “curricula”das Academias:

Dança, Folclore, Teatro, Canto, Artes Plásticas, Culinária, Nutrição, Jogos e Desporto para todos, História, Línguas, e Literaturas, Direitos Humanos, Migrações Internacionais, Informática, Redes Sociais, Escrita Criativa, Associativismo



7 - Inspiradas nos moldes de funcionamento das chamadas "universidades Seniores" - que conhecem um grande sucesso e desenvolvimento em Portugal, - as “Academias” são à partida, esquemas, mais simples e mais acessíveis, por poderem facilmente integrar-se na programação cultural das instituições aderentes.

A inserção associativa será particularmente aconselhável em colectividade que giram “Lares de Dia”, instituições geriátricas, ou Centros de cultura, lazer e desporto, onde se constate o afastamento das primeiras gerações de emigrantes.



8 - Considera-se, igualmente, importante encorajar o nascimento de "Universidades Seniores", semelhantes às existentes no País, dotadas de autonomia institucional, como vem a ser tentado desde 2009, nos termos das recomendações do Encontro de Mulheres da Diáspora, promovido pela Associação Mulher Migrante, (estando em vias de lançamento, as de Joanesburgo e Buenos Aires).



9 - Nas “Academias Seniores” como nas Universidades Seniores, que se estima caminhem a par, para uma “rede mundial”, não há exames, mas é solicitada aos participantes uma atitude interventiva e a regularidade de atendimento nas iniciativas de sua preferência. No final poderá ser oferecido um diploma de participação.

Igualmente se prevê a possibilidade de edição das melhores”narrativas de vida” na forma oral ou escrita., que sejam recolhidas pelas Academias e enviadas à associação Mulher Migrante



11 de Junho de 2012

junho 03, 2012


Festejar o Dia Nacional homenageando o Poeta dos "Lusíadas" e os Lusíadas ainda hoje dispersos pelo mundo, é originalidade nossa e, a meu ver, constitui-se em escolha absolutamente perfeita.
Portugal reconhece assim que é mais mar do que  terra, é mais a sua gente e a sua  Cultura  em expansão do que apenas um Estado a viver dentro dos limites de fronteiras geográficas.  No simbolismo da data escolhida não se destaca apenas um dos muitos acontecimentos decisivos  que marcaram o longo e extraordinário itinerário de Portugal, como Nação e como Estado soberano, mas  a própria essência da Pátria  (ou da Mátria, segundo Natália): o espírito universalista de que se fez a sua História, e que em Camões tem a mais elevada expressão cultural e ética, e a sua inteira dimensão humana, indissociável de uma imensa Diáspora.
Assim se convoca para a comemoração, numa simultaneidade de homenagens rendidas, o Portugal,  que se imortalizou pela Aventura marítima, pela Expansão,  pelo encontro de Culturas, e o Portugal que se continua em novas formas de convivialidade,  de interacção, de progresso em benefício de outras terras e também da nossa, de que as comunidades da emigração são um novo paradigma.
Uma Aventura que foi e é movida pela vontade de superação das capacidades - capacidades de enfrentar o desconhecido, de fazer sacrifícios, de trabalhar duramente, de procurar a fortuna individual e o engrandecimento da comunidade e do País. Como não ver uma linha de continuidade entre navegadores e  marinheiros, entre portugueses de todos os ofícios, que desde então se espalharam pelas sete partidas  do mundo, em sucessivos ciclos de um êxodo incessante, e os emigrantes do nosso tempo?
Esquecidos no quotidiano, apesar de saberem transformar a ausência em inúmeras manifestações de solidariedade,  de presença nos destinos da sua terra, os expatriados surgem, enfim, no olhar da Pátria, a 10 de Junho, com o lugar central a que têm direito. E o Dia nacional torna-se uma grande reunião de família, desdobrada em mil e uma reuniões à escala universal. Fora de fronteiras, como se vai reconhecendo crescentemente, a festa é sempre mais espontânea, mais coisa do povo do que de autoridades, mais emotiva e vibrante, talvez  porque aqueles Portugueses se sintam herdeiros directos de uma história feita de movimento e de intercâmbios. E porque é através deles que Portugal vive ainda em todos os continentes, onde aconteceu o melhor do seu passado, e se dá a conhecer. numa perspectiva de futuro. O 10 de Junho não pode, naturalmente, celebrar-se a olhar para dentro, numa postura de isolamento! É uma comemoração para reunir ecumenicamente os amigos - no espaço da lusofonia, nos países que falam a mesma língua, nos países todos da nossa emigração.
Com eles, tanto ou mais do que connosco, e pela língua de Camões, que a tantos povos e nações pertence, se fez e se fará a eternidade de Portugal e se alcançará o futuro da "Lusitana Antiga Liberdade " de que falava o poeta .

junho 01, 2012

10 de Junho será sempre o dia de Portugal, porque é a perfeita celebração da essência da Pátria .
É uma escolha tão bem fundada e de tal forma nos singulariza e enaltece, que uma ou outra voz dissonante (como as que recentemente se ouviram...) não terá nunca força colectiva para a desfazer. Óbvio me parece que mais de que relembrar um dos muitos acontecimentos decisivos do nosso itinerário histórico como Nação e Estado soberano é ideal, absoluta e rigorosamente ideal, celebrar a própria identidade da Pátria – a sua Cultura, na evocação do Poeta dos Lusíadas e a sua verdadeira dimensão humana, indissociável de uma imensa Diáspora, nas Comunidades Portuguesas.

Assim se convoca, numa simultaneidade de preitos vividos, o Portugal, que se imortalizou na sua língua, partilhada com outros Povos e outras Nações, o Portugal que se fez protagonista maior da história universal e se continua num espírito de convivialidade e de aventura, de que os emigrantes são um novo arquétipo.

Uma aventura que, no passado como agora, é movida pela vontade de superação das capacidades - capacidades de enfrentar o desconhecido, de fazer sacrifícios, de trabalhar duramente, de procurar o progresso individual e o engrandecimento da comunidade.

Como não ver uma linha de continuidade entre os navegadores e os marinheiros de Quatrocentos, entre os portugueses que se dispersaram, em sucessivos ciclos, num êxodo incessante, ao longo de séculos, pelos quatro cantos do mundo, e os emigrantes dos nossos tempos? Decerto que estes a compreendem mais e mais intensamente, como herdeiros directos de uma história feita de movimento, e de convívio e de partilha de experiências.  E é, de facto,  através deles que Portugal vive ainda em todos os continentes, onde aconteceu o melhor do seu destino histórico. Gente admirável, de paz, de trabalho, de bom nome e prestígio, que pertence ao todo nacional, como pertence às sociedades onde também se insere.

O 10 de Junho não deve celebrar-se a olhar para dentro, numa postura de isolamento.
É uma festa para reunir ecumenicamente os amigos, e lembrar os companheiros de uma caminhada secular, no espaço da lusofonia, nos países que falam a mesma língua,e de que o Brasil é o maior, nos países todos da nossa emigração, onde se eterniza a língua de Camões e se prepara um futuro melhor.