julho 26, 2010

Nunca tanto se progrediu numa semana!

Numa semana o FCP mudou radicalmente, para melhor.
Foi isso, para além daquele golo fantástico do nosso incrível Givanildo, o que mais me impressionou no jogo de apresentação da equipa.
Devo esclarecer que perdi, no domingo anterior, numa fila de espera, para actualizar as quotas do meu primo -que as minhas são pagas ao ano e estão sempre em dia... - precisamente 20 minutos, os tais em que parece que o "team" jogou melhor. Do que eu vi contra o AJAX, salvou-se a vitória tangencial.
Neste último domingo, pelo contrário, o espectáculo foi uma festa de futebol de ataque e posse de bola!!! Que diferença! O Sampedoria desapareceu em combate.
E a esperança mora no Dragão.

julho 20, 2010

Com um pouco de humor

O Centenário da Republica em Espinho, entre conferências, mesas redondas, exposições, reconstituição histórica de efemérides e de modos de viver uma época passada, ainda, em muitos aspectos, presente no País que somos, também nos permite momentos didácticos de pura diversão - em tempo de lançar um olhar mais lúdico e mais crítico sobre acontecimentos, pessoas, instituições, ideias e projectos, cujo destino bem conhecemos...
Depois do animadíssimo e bastante dialéctico "Comício Republicano", com monárquicos à mistura, logo no início de Julho, vamos, agora, terminar o mês com uma exposição sobre "A República na Caricatura de Imprensa".
E para mostrar que as tradições estão bem viva entre nós, teremos na abertura da exposição, três talentosos caricaturistas, prontos a fazer, "in loco", a traço rápido e seguro, o "retrato" de qualquer um de nós, com humor e muita simpatia!
É no Centro Multimeios, sábado próximo, às 16.00.

julho 18, 2010

BALBINA MENDES, a exposição da cor e da magia




Foi uma das mais interessantes e animadas aberturas de exposições a que jamais assisti. E não só porque havia muita gente, muita expectativa, o lançamente do livro sobre esta originalíssima colecção, a simpatia irradiante da Balbina, trasmontana de Miranda do Douro.

Os quadros, em si mesmos, são um festival de alegria e de cor - mas também ajudou à festa a presença dos famosos caretos de Podence, que pereciam saídos das telas de Balbina, por uns momentos, expressamente para virem dançar connosco. Correram as ruas de Espinho, pouco habituada ao espectáculo que ofereciam na sua eufórica passagem pelos sítios de grande econcentração de veraneantes (neste aspecto, Espinho é um auditório sempre cheio!).
Muito divertido e com o seu "quê" de insólito, foi, depois, vê-los como que a mirarem-se ao espelho, na Galeria do Museu, admirando aquela fantástica mostra das máscaras rituais trasmontanas. Em boa hora tive a ideia de somar as duas iniciativas. Mais do que soma, acabou sendo uma multiplicação de cor e magia!

Impossível em 2010!


Olhem esta fotografia de grupo de "Study Course on Economic Development", organizada, em Genebra, no ano de 1968, pelo Instituto Internacional de Trabalho da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e digam-me se ela seria possível, com uma determinada componente, aí bem ostensiva, nos dias de hoje.
Não me refiro à forma como vestem, ou como posam para a câmara, para futuramente recordar. Ainda hoje a postura seria semelhante. Não é isso que torna o retrato "datado".
O que é então?
A resposta é elementar, my dear Watson.
É a composição de género, evidentemente.
Lá estou eu, ainda na casa dos 20 anos, no meio de tantos colegas - homens de vários continentes e países do mundo, sem faltar, por exemplo, a URSS, a Austrália, a Índia e o Paquistão, as Ilhas Seychelles e a Libéria (e lá estou no centro, como convem, por cerimónia, para com a única mulher participante no curso...).
Qual das grandes organizações internacionais ousaria, no ano da graça de 2010, escolher assim, do mesmo modo, com o mesmo "desplante", um "plantel" académico quase "unisex"?
Ainda por cima a OIT, que preconiza a igualdade de tratamento dos trabalhadores e trabalhadoras nas suas convenções...
Foi apenas há uns 40 anos!

julho 11, 2010

Mundial - uma final com os mais afortunados...

Não necessariamente os melhores. Mas dos melhores em "atitude", sem a qual não estariam lá.
Portugal foi derrotado pelos medos e complexos de inferioridade/superioridade de Queiroz, pelas dissensões que a sua inépcia provocou no balneário e que os corajosos denunciaram, já de cabeça perdida, e os outros sussurraram, a coberto do conveniente anonimato, aos jornalistas do Expresso.
Com um Humberto Coelho - nem se fale em Mourinho! - qualquer dos finalistas estaria ao nosso alcance. A Espanha começou a perder e foi-se fazendo, jogo a jogo, enquanto, após o intervalo lúdico da Coreia, nós nos íamos desfazendo.
Com um pouco mais de sorte, que merecia, o Uruguai teria ganho à Alemanha. Aquela bola na trave, na 25ª hora... E o que tinha o Uruguai, que nós não tivessemos? Garra, é claro! Garra à Fucile! E um Fórlan, também, apesar de ainda não ser etiquetado de "melhor do mundo"...
Hoje quem ganha? O polvo diz que é a Espanha, e talvez seja. Vou ver sem ponta de stress!...

julho 10, 2010

Uma lição de cidadania

Deu-a, em dia de festa da freguesia de Silvalde, o Presidente Marco Gastão.
Uma das individualidades que distinguiu foi o se antecessor. Pôs de lado polémicas que agitaram a eleição e olhou para o trabalho, o esforço, a dedicação à causa pública de quem esteve tantos anos à frente da Junta. Para trás ficaram os incidentes de campanha. O futuro é feito de gestos assim.
O meu abraço de parabéns!

julho 05, 2010

Comício Republicano em Espinho

Está de parabéns a Drª Idalina Sousa!
O comício - festa revelou, uma vez mais, a classe dos grupos de teatro, de música, de folclore desta terra de Espinho, que pequena só é na geografia.
Foi um convívio muito divertido, com oradores e oradoras de alto gabarito, com tudo o que um "Happening" deve ter, para além das palavras incêndiárias, um belo simulacro de incêndio, rapidamente apagado pelos bombeiros de Espinho, trajados a rigor, à 1910, manejando com à vontade, um precioso e gracioso carro de época, que funciona, como novo! Sem dúvida, uma das grandes atracções da festa, para além dos caricaturistas (que não tiveram "mãos a medir", como diz o povo), do fotógrafo "à la minute", dos gigantones e Robertos, da GNR, montada nos seus belos cavalos brancos, do ardina que distribuía o "Espinho Republicano", o nº1, que poderá até ter sequência...
Muitos "vivas" à República, sobretudo quando os famosos falavam das alturas da varanda camarária ou os anónimos, do alto de um escadote (o nosso "Hyde Park corner"). Mas, porque era tempo de fazer democracia, ali, no Largo da Câmara, também "vivas" ao Rei e à Monarquia. O grande agitador monárquico do dia, que é, na vida real, 100% republicano, saiu-se magnificamente, a mostrar quão bom actor ele é, e parece que ficou fã do papel representado. Está pronto para outro... comício. Vamos a ver!...
A meu lado, até ouvi cantar o hino da Maria da Fonte!
Por fim, monárquicos e republicanos, anarquista e feministas - que nos deram momentos inesquecíveis, muito actuais e pedagógicos... - acabaram a dançar com os ranchos folclóricos. Era hora de acabar, um pouco mais cedo do que o previsto, porque ia passar, lá mais ao fundo, na Rua 19, a procissão de São Pedro.

julho 04, 2010

Previsivelmento, bom negócio para ambas as partes. Em adenda, comentário a um comentário.

Moutinho "vira" Dragão, Nuno André Coelho vai para concentração em Évian-les-Bains, de camisola verde e branca equipado.
Espero que Moutinho se Integre no FCP como se integrou Ricardo Quaresma ou, antes dele Maniche (um "leão" que só agora, quase em fim de carreira, foi contratado para Alvalade), ou antes de Maniche, Futre... Do mesmo modo, espero e confio que Nuno André Coelho, esse central fantástico, que parece o novo Ricardo Carvalho, tenha a oportunidade que merece - e que no FCP, "viveiro" de centrais, que superabundam, não conseguiu nunca. Isso será bom para todas as partes, para o nosso futebol, para Portugal, para a selecção, onde um e outro podem estar em breve. Assim seja!

E.T.
Na tv, Coentrão comenta a transferência, dando, de graça, ainda que sem graça, lições de clubismo, a afirmar que ele, em Portugal, não jogaria por outra equipa para além da sua - da que actualmente é a sua. Talvez se possa permitir esse luxo. Talvez até já saiba para onde vai, como emigrante. Mas se esse novo "team" defrontar o antigo, o que fará? Recusa-se a jogar?
O profissionalismo no futebol só a muito poucos permite o privilégio de escolher, ou melhor, de ser escolhido pelo emblema do coração. Coentrão devia sabê-lo. Devia, pelo menos, saber calar-se para não pôr em causa a opção profissional de um colega. Quanto a comunicar ao mundo que do seu clube de hoje só sai para o estrangeiro, é coisa que podia esperar para amanhã ou depois, noutro contexto...

julho 02, 2010

Quando FLU é o futuro

Deco prepara-se relançar a carreira no Brasil.
O FLU aguarda-o, com uma recepção grandiosa em perspectiva - assim o Chelsea não o trame de novo.
Lá vou eu começar a assistir a desafios de competições brasileiras... e, quando for ao Rio, no nosso Outono, quero jogo do FLU no programa!
A última vez que vi Deco "ao vivo" foi no Dragão. Ele vestia a camisola do Chelsea (ou Chelsky, para os detractores desse clube londrino de capitais moscovitas, que Mou tirou do anonimato), mas nós todos o víamos de listas azuis e brancas vestido...
Que fantástico adeus ele teve, então, com um estádio de pé, em estrondoso aplauso, quando saiu, a minutos do fim do jogo.
Podem os portugueses ser ingratos para com ele, como se comprovou neste campeonato perdido. Os portistas, não! O Porto é, para sempre, a sua e nossa Nação!

O DECO DA HOLANDA

Eu bem temia o que aconteceu.
O Queiroz do Brasil - o tal que é muito parecido com o Queiroz, embora 100 vezes melhor... - vai de regresso a casa, para uma Nação tão desolada ou mais do que o Portuguesa (grande nau, grande tormenta!).
E a Holanda navega imparavelmente com um Deco fantástico! Aquele que tanto contribuiu para os títulos de Mourinho. O Sneijder.
Foi esse Deco holandês que fez toda a diferença, como o nosso poderia e deveria ter feito, não fosse o veto punitivo de Queiroz...Punitivo sobretudo para a selecção, para nós, Portugueses.

julho 01, 2010

BALBINA MENDES Máscaras Rituais

Conheci Balbina Mendes durante uma visita à sua anterior exposição sobre o rio Douro - o Douro esplendorosamente retratado da nascente à foz.
Confesso que gostei tanto da pintura, como da pintora - coisa natural, pois têm muito a ver uma com a outra. Cada uma dessas telas nos fala, em linguagem artística de compreensão imediata, na expressão inimitável do seu traço, das cores e da luminosidade, de uma ligação telúrica às terras nordestinas de Portugal, de uma peregrinação em busca das memórias de que se faz a identidade do povo, que ali se não via, mas se pressentia - nos vinhedos, nas amendoeiras em flor, na pedra dos monumentos e castelos, que são a moldura do rio mítico, agreste e formoso a que Torga chamou “poema geológico” .
Esta nova incursão de Balbina Mendes nas “vivências do lugar”, do espaço geográfico e humano, que lhe pertence e ao qual pertence, plasma uma verdadeira continuação da primeira viagem, agora assinalada pela sequência de encontros com as suas gentes, costumes e ritos ancestrais. São visões assombrosas de folgança, de gáudio, de intangíveis arcanos e mistérios, que se nos oferecem em explosões de cor e de movimento, de exultação feérica - figuras, formas, imagens, símbolos de um certo Portugal antiquíssimo e eterno, que nasceu e cresceu a partir das margens desse rio, espectador e cúmplice.
Esta exposição, que o Forum de Arte e Cultura de Espinho muito se regozija de receber, é um convite irrecusável a entrar no universo mágico de uma trasmontana de Miranda, senhora do raro talento, que crescentemente se afirma, de transmutar em arte pura e arrebatadora, o que os seus olhos vêm e a sua alma sente – seja a singularidade da paisagem, a alegria das festividades, ou os gestos e momices dos personagens, que se escondam, ou se revelam, por trás da máscara, e se quedam em diálogo lúdico connosco, na tela, para sempre.
Maria Manuela Aguiar
Julho 2010