abril 14, 2022

O 10 DE JUNHO DE 1989

EM NY - MINUTO 1.25 https://youtu.be/SOlzrp38mnU

abril 08, 2022

Voto de Congratulação pelos 40 anos do Conselho das Comunidades Portuguesas

  Grupo Parlamentar do PSD apresenta Voto de Congratulação pelos 40 anos do Conselho das Comunidades Portuguesas  PROJETO DE VOTO N.º …. /XIV/1.ª DE CONGRATULAÇÃOPELO 40.º ANIVERSÁRIO DA CRIAÇÃO DO CONSELHO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS Ao longo das últimas quatro décadas, o Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) assumiu um papel central no plano da representação e da organização das comunidades portuguesas no estrangeiro. Embora a sua estrutura tenha evoluído profundamente, passando de um órgão representativo do movimento associativo para uma espécie de parlamento, com os seus membros eleitos diretamente pelos cidadãos eleitores, a verdade é que o CCP soube ser absolutamente central no domínio do debate das grandes questões que afetaram as nossas Comunidades.Faz assim pleno sentido, assinalar de forma especial, o momento em que, há 40 anos, por iniciativa de Manuela Aguiar, a então Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas do Governo liderado por Francisco Sá Carneiro, se realizou o Congresso que deu origem a este Conselho.Assim, a Assembleia da República, reunida em Sessão Plenária, assinala os 40 anos do Conselho das Comunidades Portuguesas, felicitando muito especialmente a Dra. Manuela Aguiar e todos os representantes das mais diversas Comunidades, que participaram na sua criação. Palácio de São Bento, 23 de setembro de 2020  Carlos Alberto Gonçalves Deputado GP PSD  - Círculo Eleitoral da Europa Vice-Presidente da Comissão deNegócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas

ENTREVISTA A O MEU VELEIRO (sobre o meu tempo de Liceu)

ANOS DE FREQUÊNCIA DO LICEU - Frequentei o Liceu em 1958/59 e 1959/60, nos últimos anos do ensino secundário, o 6º e o 7º, que  então constituíam o "curso complementar do liceu". Foram dois anos apenas, mas decisivos pelo que aprendi como jovem na transição para a idade adulta, e não só, mas também  como estudante..  O QUE REPRESENTOU PARA SI TER FREQUENTADO ESTE ESTABELECIMENTO DE ENSINO - Depois de sete anos no Colégio do Sardão, a passagem para o ensino público assumiu, no meu caso, um significado muito grande, por se tratar de uma escolha pessoal contra a vontade da família inteira. Uma "ousadia", um desafio! Era aluna de "quadro de honra" num estabelecimento prestigiado pelo nível  pedagógico e pelos resultados globais obtidos, e ninguém parecia admitir que conseguisse manter o mesmo estatuto num liceu, fora daquele mundo fechado e protegido. Não acreditavam em mim e ainda menos acreditavam que pudesse continuar a ter acesso a igual qualidade de aprendizagem. Enganaram-se duplamente... Da minha parte, não havia certezas nem temores. Aos 16 anos, queria experimentar e tomar em mãos o meu futuro, com uma enorme curiosidade face ao desconhecido. Não tinha referências sobre o liceu, chegava, sem contacto prévio com professoras ou colegas, simplesmente, à escola secundária que englobava a área do Marquês de Pombal, onde os pais tinham arrendado um andar.  A opção por aquela área não fora feita ao acaso - o prédio ficava a dois passos do Colégio da Paz, pertencente à mesma Ordem religiosa do Sardão. Aí matricularam minha irmã e esperavam persuadir-me a acompanha-la, mais tarde ou mais cedo...   . Abandonava, assim, um meio onde era positivamente uma veterana, com fama de dinâmica participante nos campos de jogos e nas salas de aulas, deixava, na expressão que se popularizou, em dias recentes, a "zona de conforto" - migrava, embora para perto. geograficamente. O LICEU MARCOU, DE ALGUMA FORMA  A SUA VIDA? Sim, de uma forma evidente e definitiva. Na aventura da descoberta de mim própria naquele novo mundo, acabei por encontrar o que buscava - caminhei pelo meu pé, com a completa responsabilidade pela minha agenda, (a divisão das horas de  estudo e de passeios, cinemas e outras diversões), acentuei o meu interesse por causas sociais, pelo feminismo, por modelos democráticos de progresso, que nos vinham da Europa, da Suécia, em particular. Lembro-me, por exemplo, da minha "cruzada" contra a pena de morte (vesti de luto aquando da execução de Chessman, nos EUA), e de ter trocado a leitura dos romances de George Elliot ou das irmãs Bronte por autores contemporâneos como José Marmelo e Silva, Albert Camus ou Virgil Gheorghiu.    As professoras de Filosofia, de História, de Literatura abriram-me  horizontes, em anos cruciais para a formação, como são os 16/18 anos. Vi-me numa comunidade humana coesa e amável. Estávamos em  pleno Estado Novo, seria de esperar clivagens políticas, autoritarismo e outros tiques do regime. Não senti, de perto, nada disso. O à vontade no relacionamento entre alunas e professoras era a regra.  Poucas vezes vi a Reitora, figura distante, mas serena. Tanto quanto me apercebi,  deixava sempre  avultar a influência e a personalidade das docentes. Nunca me senti objeto  de rigores disciplinares ou de tentativas de manipulação ideológica, nem mesmo nas aulas de "organização política", onde me iniciei na abordagem ao mundo jurídico, ao Direito Constitucional e Administrativo. Era disciplina de que poucas gostavam e que eu apreciava justamente como antecâmara do curso que escolhera - não sem hesitações....  QUAIS AS RECORDAÇÕES MAIS SIGNIFICATIVAS QUE RETÉM? O meu primeiro contacto com o Liceu foi através da secretaria. Estava muito indecisa entre a alínea de Direito e a de Letras (Germânicas). e mudei três vezes antes do início das aulas. Numa normal repartição pública, aparecer repetidamente a alterar a matrícula não me tornaria muito popular. Ali, sim!  A funcionária a quem me dirigia, antes mesmo de eu expor o assunto, com um enorme sorriso cúmplice, exclamava: "Vem mudar de alínea, não é?". Foi ela a primeira imagem da simpatia e compreensão da nova escola, que me abria as portas. Muitas outras se seguiriam, do primeiro ao último dia. ( devo acrescentar que ainda fiz uma última e final mudança de curso, muito saudada na secretaria -  já com mais de três semanas de aulas decorridas...). Nas nostálgicas recordações da adolescência distingo sempre os dois tempos, o do "Sardão" e o do "Rainha Santa". Vivi, também, bons momentos no internato, com estimadas mestras e alegres colegas, mas envolvi-me, não poucas vezes, em conflitos e contestação - do sistema, das suas normas e condicionamentos, sobretudo. Não me dava bem com uma tentacular e rígida regulamentação de cada minuto do dia. Era rebelde em relação a tudo o que julgava errado ou opressivo...O Liceu foi sinónimo de liberdade, de fácil auto-disciplina, como seria, de seguida, a Faculdade de Direito de Coimbra. Todas as minhas expetativas foram excedidas, com  melhores notas, e num clima de perfeita convivialidade. Liceu e cidade do Porto, o "dois em um", no mundo dos meus sonhos feito realidade! Acabei o curso com 18 valores, o que me valeu o "prémio nacional". Estávamos em 1960, ano das Comemorações do Infante D. Henrique (o príncipe nascido na Ribeira), pelo que a distinção me facultou uma viagem ao norte de África, oferecida pelo governo aos jovens premiados, para visitarem um roteiro de cidades históricas, como Ceuta, Tânger. e até a Alcácer Kibir, lugar de tragédia e berço do mito sebastianista. Nessa época, o Liceu estava instalado num casarão antigo, de bela traça, porém, em mau estado de conservação. Faltavam espaços, salas de aulas, até o ginásio fora sacrificado e, com ele, as aulas de educação física. Eu não tinha transportes diretos para as aulas, pelo que o meu exercício físico quotidiano consistia em fazer uns quilómetros em passo de corrida... Até isso era divertido! O ambiente humano compensava, largamente, a falta de condições materiais. E ali, o ensino público era tão bom ou melhor do que o melhor do privado. Penso sempre nas mestras e nas suas aulas com saudades - em especial, nas fascinantes lições de Filosofia da Dr.ª Assunção Carqueja, que eu nunca queria que acabassem, e as da Dr.ª Adelaide Aleixo, que nos levava consigo, através de milénios da História de povos e civilizações, pela força da sua palavra eloquente. Lembro-me, muito em especial, da primeira das suas aulas a que assisti. O ano letivo começara há já semanas, e eu acabava de trocar o Inglês pela História (ou seja, Letras por Direito...). Tinham-me dito que ela era muito severa e que implicava com quem chegasse, assim, extemporaneamente.  Preparei-me para o pior. A Drª Adelaide falava, nessa manhã, da cultura grega, da estatuária, e eu ouvi-a, encantada, ainda que, prudentemente, na última fila... Era a mais idosa das nossas docentes, mas envelhecera bem. Muito bonita, cabelo todo branco, oradora enérgica e carismática. Parecia uma linda e sábia avó!. Como eu era a retardatária, olhou, com desusada frequência, para o meu lado, o que tanto podia ser bom como mau presságio. Na verdade, ali começaria uma verdadeira amizade de  professora/aluna, quase avó/neta, ambas entusiastas das coisas da memória de feitos e de gentes.. .     Amizade fácil de cimentar, também, com as outras professoras e com as companheiras de turma, em longas conversas, sobretudo com a Ana Luísa Janeiro, (com quem fiz um trabalho sobre as Descobertas no período Henriquino), ou com a Adília, que era a mais revolucionária - posição que eu ocupara no colégio e perdia para ela. Nos exames finais, a Ana Luisa como eu tivemos nota 20 a História. Fiquei encantada por nós, tanto como pela Drª Adelaide, a quem muito diretamente devíamos a proeza.A partir dos anos 60, os estudos, primeiro, e a profissão, depois, levaram-me para longe da minha cidade, do meu liceu e de quase todas as pessoas que tão positivamente me influenciaram nesses dois anos. A exceção foi a Drª Assunção Carqueja, que encontrava, às vezes, em Lisboa, acompanhando o marido, também meu amigo. Mantinha o brilho e entusiasmo da juventude, e nunca se esquecia de me oferecer os esplêndidos livros que escrevia em  prosa ou verso!Não tenho fotografias de grupo, dentro do Liceu. Que pena! Mas havia outros pontos de encontro na cidade, um deles o Palácio de Cristal, os seus belos jardins. Aí, sim, foram tiradas fotos de bons momentos passados com as minhas colegas - retratos fieis da nossa alegria de viver e conviver.

ARTE EM SINTONIA

Mutação das vidas que estamos a sofrer em sintonia com povos do mundo inteiro!.É um pesadelo...Olho para trás, apenas 3 semanas, e penso na última vez que estive num colóquio (no Dia da Mulher, em Gaia), num último programa de rádio  (na cidade da Feira, sobre o mesmo tema) num último filme, já em auditório vazio,  "Seberg contra todos os inimigos", num último jantar- concerto no casino de Espinho (Camané e Mário Laginha), no último artigo que escrevi para o jornal "Defesa de Espinho (que suspendeu sine die as edições, nas vésperas de celebrar 75 ou 80 anos - não sei bem, uma qualquer data especial), na última ida aos CTT, levantar a minha carta de condução, na última visita que recebi em casa, uma jovem prima e afilhada, com quem costumo ir ao futebol (outro prazer proibido), na última conversa na Galeria Zeller, onde deixei, mais ou menos assinalado, um quadro de colagens de Pomar, na última ida à agência Abreu, a pedir reserva para a viagem de Abril a Montreal, que ficou sem efeito, no último Expresso que comprei, numa estação de serviço, já higienizada por divisória de vidro entre empregado e público .As memórias têm, assim, a marca arrepiante de um "fim de mundo"...Tirando isto, o meu dia a dia é perfeito. Vivo muito bem comigo (e os meus 3 gatos) e tenho uma infinidade de coisas por fazer, e a fazer, com urgência. Não consigo dar conta de tanta coisa - a fotobiografia da miha mãe, apontamentos sobre a história da família, a busca cartas e fotos antigas, e a sua digitalização, a interminável, organização dos meus papéis (um caos!), a leitura de pilhas de livros adquiridos e ainda não lidos . À lista supra, poderia acrescentar uma última ida ao Cinema Trindade, na Rua do Almada, e, logo acima, na Rua José Falcão  ao "Paraíso do Livro", o meu alfarrabista preferido.. Na verdade, avançaria muito mais depressa naquelas tarefas, se não fosse a tentação de seguir as apocalíticas emissões da CNN (até já o simpático Chris Coumo está infetado!) e de ver os filmes da Fox Crime, Midsomer Murders. Hinterland, Lewis, para além de "Governo-Sombra, Eixo do Mal, Circulatura do Quadrado,. O último apaga a luz, etc etc.. Distrações a mais!...A caminhada, também a faço ao telefone. Sempre que atendo uma chamada, aproveito para andar, de um lado para o outro. Com um primo, acabo de bater, há uns dias, um record pessoal - a conversa durou 3 horas e 18 minutos. Sem pausa!De princípio, preferia sair para o meu "footing" lá fora, mas senti-me angustiada pela imagem  das ruas desertas. Prefiro a minha casa e o meu jardim, onde tudo ainda está como dantes. Ir às ruas é entrar na distopiaARTE EM SINTONIA Maria Manuela Aguiar sábado, 20/03, 12:51 para mariamanuelabarbara133 INFORMATIVO:  EVENTO DO DIA 28/09/2019  "ARTE EM SINTONIA" - CASA DOS AÇORES NORTE:  Nossos agradecimentos à Direcção da Casa dos Açores Norte por tornar possível a realização da Exposição "Arte em Sintonia" inaugurada, com grande sucesso, no dia 28 de Setembro último. Para atender ao convite feito pelo Exmo Sr. Dr. Ponciano Oliveira, Presidente da Casa dos Açores do Norte, recorremos a 21 artistas plásticos de excelência pessoal e profissional. A resposta positiva reuniu artistas de Portugal, Moldávia, França, Itália, Brasil. Com espaço de tempo pequeno, sugerimos o nome Arte em Sintonia, para rebater a ausência de regras, de tema, de estilos. A leitura não foi tão fácil, mas a qualidade das obras garantiu, harmonizou e deu certo. Convidados e expositores documentaram um agradável sentimento de bem estar, que envolveu a todos durante todo o tempo da inauguração na acolhedora sede da CAN. Parte desse bem estar devemos à envolvente pessoa do Exmo. Sr. Dr. José Rebelo, Professor de História e ex-presidente da CAN, que presidiu a Mesa Diretora e fez a abertura do evento com ligeiro e rico discurso.  Na sequência, a nossa convidada especial, Dra.  Maria Manuela Aguiar, fundadora da Associação da Mulher Migrante e ex-Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, foi muito aplaudida pelos convidados que ocuparam todas as cadeiras da Sala Nobre e ouviram atentamente o seu discurso muito bem documentado, com o tema "Em sintonia com a Diáspora Açoriana". Deixa sempre nos convidados a lembrança da sua boa energia e da generosa doação do seu conhecimento, um gosto de quero mais.  O Director do Conselho Fiscal, Dr. Luiz Toste partilhou, com pergunta e lembranças e, a seguir, manteve conversação com a palestrante sobre o tema em pauta.   O ambiente agradável, a organização do evento por parte da CAN, contou com a providencial atenção da impecável vice-presidente da CAN, Dra. Filomena Alves. Só foi possível que tudo alcançasse tal qualidade, com a ajuda do Diretor da CAN Sr. Rui Silva. Marcou presença e colaborou para dar mais brilho ao evento, a Psicóloga Dra. Fátima Moreira. Não pode estar presente, por motivo de força maior, a Assistente Social da CAN, Dra. Mafalda Loureiro,que trabalhou intensamente durante todo o processo que antecedeu à inauguração. Mas o seu bom espírito está inserido em cada detalhe do evento.  Entre os demais convidados, fomos honrados com a presença do Exmo. Sr. Dr. Dr. Afonso Costa, Presidente da Casa da Beira Alta do Porto, onde somos associada. Registamos a presença do simpático casal associados da CAN, Sra. Margarida Cramez e Sr. Manuel Cramez.  A jovem Flautista Eunice Amorim, muito aplaudida, atendeu pedidos e fez breve continuidade. O Porto d´Honra foi servido com muita elegância, com finos biscoitos agri-doces, bolo oferecido pelos artistas e um delicioso licor dos Açores.Nossa gratidão a todos pela confiança e respeito pela nossa singela missão de criar e produzir Arte, elemento tão importante para a evolução da nossa sociedade