maio 11, 2022

CÍRCULO DE CULTURAS LUSÓFONAS MARIA ARCHER O lançamento do Círculo de Culturas Lusófonas Maria Archer se deu, efetivamente, na sessão de apresentação do livro: “Sem o Direito Fundamental de Voltar pra casa” – MARIA ARCHER Uma Jornalista Portuguesa no Exílio, de autoria de Elisabeth Battista, dia 11 de outubro de 2019. O anúncio da sua criação se deu durante nas comemorações Luso Brasileiras, no tradicional Clube dos Fenianos Portuenses, a 10 de maio de 2019. O CÍRCULO DE CULTURAS LUSÓFONAS MARIA ARCHER A MODERNIDADE DE MARIA ARCHER Maria Manuela Aguiar O “Círculo Maria Archer” participa, juntamente com a Associação Mulher Migrante - AMM, numa primeira jornada de homenagem à Drª Rita Gomes, neste mês de outubro, mês do seu nascimento, em que, todos os anos, procuraremos lembrá-la, de forma especial. Faz todo o sentido associá-la à evocação de Maria Emília Archer Eyrolles Baltazar Moreira, de quem era prima, com quem conviveu desde a infância, e a quem tanto admirava. Temos a certeza de que, se hoje estivesse entre nós, participaria, ativamente, com o maior entusiasmo, no lançamento deste Círculo e, tal como outros membros da família, veria na sua expansão uma caminhada para o futuro em que as crenças e as causas, o nome e a memória de Maria Archer estarão sempre presentes. Nos últimos anos da presidência de Rita Gomes na AMM, foram diversas as iniciativas focadas em Maria Archer. Gostaria de as recordar como acções que lhe foram, ou, se me permitem falar no plural, nos foram, especialmente gratas: uma primeira no contexto do Encontro Mundial de Mulheres Portuguesas da Diáspora, em Novembro de 2011, congresso em que pretendemos reavaliar a realidade da emigração no feminino, traçando, por um lado, as linhas de evolução de mais de um século de êxodo migratório, com significativa componente feminina, e particular enfoque numa área em que têm estado, pelo menos, tão atuantes como os homens: o domínio da Cultura e do ensino da Língua. Maria Archer foi, então, homenageada, a par de Maria Lamas, em intervenções do Reitor Salvato Trigo, da Dr.ª Olga Archer Moreira, da Dra. Dina Botelho e da Profa. Elisabeth Battista. Voltou a ser figura de cartaz na comemoração do Dia Internacional da Mulher, em março de 2012, na Biblioteca José Marmelo e Silva, em Espinho, onde a principal oradora foi Olga Archer Moreira, sua sobrinha neta. O programa incluiu uma “entrevista imaginária” com a grande escritora e cidadã, representada por jovens das Escolas da cidade, que deu ao evento um toque afetivo e pedagógico. A “entrevista imaginária” seria posteriormente encenada em diversas escolas, para levar a públicos jovens o exemplo de vida de uma grande Mulher de Letras, capaz, igualmente, de ação concreta. Nesse ano, em Lisboa, no Teatro Nacional da Trindade, a força das suas convicções e ideais foi, novamente, saudada em sucessivas intervenções sobre o seu trajeto e a sua obra, por muitas pessoas que com ela conviveram de perto, como seu sobrinho dileto, o Prof. Fernando de Pádua, que encerrou a sessão, prestando-lhe um vibrante tributo, e o Presidente Mário Soares, símbolo da luta vitoriosa pelo Portugal em liberdade, em que ela se empenhou, de alma e coração. Os múltiplos contributos estão publicados, numa das mais belas edições da AMM, coordenada por Rita Gomes e Olga Archer Moreira. Em 2013, foi relembrada, numa apresentação das publicações da “Mulher Migrante”, realizada no Palácio das Necessidades e, em 2014, a Associação organizou juntamente com a Fundação Prof. Fernando de Pádua, um colóquio, a anteceder o lançamento da publicação de Elisabeth Battista “O legado de uma escritora viajante”. E tem permanecido, nos últimos anos, na agenda da “Mulher Migrante” - no Dia Internacional da Mulher, nos colóquios de Monção, (com repetidas encenações da “Entrevista Imaginária”, sempre protagonizadas por estudantes das Escolas locais), e no Dia da Comunidade Luso-brasileira, desde 2017, tendo este ano sido o Círculo Maria Archer apresentado formalmente, no âmbito dessas comemorações. Hoje, para o lançamento do último livro de Elisabeth Battista: “Sem o direito de voltar a casa” Maria Archer - uma jornalista portuguesa no exílio”, estamos reunidos, na esplêndida da Casa da Beira Alta, nossa muito acolhedora anfitriã, na pessoa do seu presidente, Dr. Afonso Costa. É uma segunda parceria da AMM e do “Círculo”, que, esperamos, se repita muitas vezes, na prossecução dos objetivos comuns, em torno da personalidade inspiradora de Maria Archer, cuja vasta e multifacetada obra convida a estudo e a debate e cujo exemplo de inconformismo convoca à militância cidadã. Temos, entre nós, e devemos sublinhar o facto, a maior especialista no seu percurso literário, a Professora Doutora Elisabeth Battista, que todos queremos ouvir, quanto antes, pelo que direi, agora, apenas umas breves palavras. Primeiramente, para lhe agradecer a esplêndida oportunidade que oferece ao Circulo Maria Archer de dar o melhor dos inícios a um roteiro de reflexão e debate, ao escolhê-lo, para organizar, no Porto, a divulgação de mais um notável trabalho científico sobre a insigne Autora, nomeadamente sobre o seu trilho jornalístico no exílio brasileiro, que, ao contrário dos livros, (ainda que na quase totalidade esgotados) é praticamente desconhecido. A esse agradecimento juntamos um convite, que, sabemos, será aceite, para se tornar associada do Círculo, alargando o seu espaço às fronteiras do Brasil. Limitar-me-ei, pois, a sumariar as principais razões que nos levam a fazer de Maria Archer uma companheira de jornadas, de diálogos sobre as temáticas de género, de valorização da vivência democrática, de defesa da Igualdade e aproximação dos povos, muito em particular os do universo da lusofonia e suas Diásporas. Da Diáspora Portuguesa e do mundo plural da Lusofonia ela é um nome maior, como intelectual, jornalista e romancista, e como precursora na observação e registo, em preciosos textos, sobre os usos e costumes das gentes com as quais, por largas décadas, tanto gostou de conviver, em Moçambique, na Guiné-Bissau, em Angola, (nos anos de juventude acompanhando os pais Anexos 192 e, depois, o marido), e, já sexagenária, no solitário exílio brasileiro de mais de duas décadas. Mulher de imensa cultura e inteligência, sempre atenta ao que acontecia em seu redor, fora como dentro do próprio país, com inteira compreensão das pessoas, dos ambientes, dos meios sociais, traduziu a experiência vivida em inúmeros escritos de incomensurável valor literário e de enorme interesse etnológico, sociológico e político. Assim se converteu em testemunha rara, em memória crítica de um tempo português, opressivo e cinzento, pautado por preconceitos e discriminações, por regras de jogo viciadas, que ela pôs a nu, frontalmente, sem contemplações e sem temor. Ninguém, como ela, retratou o quotidiano desse Portugal do “Estado Novo”, estagnado e anacrónico, avesso a qualquer forma de progresso social, em que as mulheres, em particular, se encontravam dominadas pela força das leis, pelo cerco das mentalidades, pela censura dos costumes, depois de terem sido deformadas pela educação, pela entronização rígida dos papéis de género dentro da famílias, numa sociedade fechada ao curso da História, que ia acontecendo na Europa e por esse mundo fora. A mais feminista das escritoras portuguesas, nascida no último ano de oitocentos, era demasiado jovem para poder ter feito parte dos movimentos revolucionários e feministas do princípio do século XX, mas viria a ser uma das poucas que, no período de declínio desses movimentos (com o desaparecimento de uma geração memorável), prosseguiu a seu jeito, incessante e solitariamente, a mesma luta contra o obscurantismo, que condenava a metade feminina de Portugal à subserviência, ao enclausuramento doméstico e à incultura... A escrita foi para ela uma arma de combate político. Segundo Artur Portela, “a sua pena parece por vezes uma metralhadora de fogo rasante”. Mulher livre num país ainda sem liberdade, pagou pela coragem de ser assim um preço muito alto. Viu os seus livros, que atingiam, recordes de popularidade e de vendas, apreendidos, os jornais onde trabalhava ameaçados de encerramento. Foi obrigada a partir, mas a sanha vingativa da Ditadura não se satisfez com o seu desterro - ela foi “deliberadamente apagada da História”, como escreve Maria Teresa Horta no prefácio da reedição de “Ela era apenas Mulher”. O Círculo Maria Archer surge, em pleno século XXI, para combater esse ato persecutório, consumado há décadas, Tem por assumida finalidade recolocar o nome de Maria Archer no lugar vazio que é seu na história da nossa Literatura e do feminismo português, e, também, na história do pioneirismo na construção de pontes entre as culturas lusófonas. Revisitar a obra desta Mulher de Letras, através da divulgação e do debate dos seus escritos, visa desocultar o passado, lançar luz sobre a realidade insuficientemente analisada e realçada da sociedade portuguesa de 40 e 50, e fazer futuro com a modernidade do seu pensamento e das prioridades da sua luta cívica e cultural. O CMA pretende, afinal, sobretudo, assegurar uma segunda vida a Maria Archer, projecto perfeitamente possível, porque, como dizia Pascoaes, existir não é pensar, é ser lembrado”. Neste projeto todos os presentes estão convidados a participar! 1º CICLO DE COLÓQUIOS MIGRAÇÕES - DO VAIVÉM DE VIDAS FICARAM HISTÓRIAS O “Círculo Maria Archer”, em parceria com a “Mulher Migrante - Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade” (AMM), promove um ciclo de três colóquios sobre a temática das migrações portuguesas, vistas através da Literatura. É um convite à leitura coletiva da obra ímpar de Júlia Nery e à reflexão sobre questões que foram, igualmente, centrais no percurso e na escrita de Maria Archer, na sua visão do mundo lusófono e do espaço que as mulheres nele ocupam, ou devem e podem ocupar. No ciclo de colóquios, por zoom, sobre os livros “Ei-los que partem”, “Pouca terra... pouca terra” e “Da Índia, com Amor”, se começa por abordar a problemática da chamada “nova emigração” – a partida de jovens profissionais altamente qualificados, a perda de “talentos” –, para lançar, seguidamente, um olhar retrospetivo sobre a emigração tradicional – que, ao longo de séculos, despovoou o mundo rural, no continente e nas ilhas do Atlântico – e sobre o fenómeno da Expansão, determinante do êxodo sem fim, que deu origem às comunidades de cultura portuguesa e à “Diáspora”. Todas as sessões contam com a participação da Autora Júlia Néry e constituem, assim, momentos privilegiados de diálogo com ela. Programa do 1º Ciclo de Colóquios Migrações - do Vaivém de Vidas Ficaram Histórias Sábado, 24 de abril, 2021 17.00 -18.00 “EI-LOS QUE PARTEM” Apresentação de Aida Baptista, seguida de debate moderado por Maria Manuela Aguiar Sábado, 22 de maio, 2020 às 17.00-18.00 “POUCA TERRA... POUCA TERRA” Apresentação de José Manuel da Costa Esteves, seguida de debate moderado por Graça Guedes, moderado por Graça Sousa Guedes. Sábado, 12 de junho de 2021, às 17.00 - 18.00 “DA ÍNDIA COM AMOR” Apresentação de Aida Baptista, seguida de debate moderado por Ivone Ferreira Com esta iniciativa, o “Círculo Maria Archer”, coordenado por Maria Manuela Aguiar, se associa às comemorações do 25º aniversário de vida ativa da AMM, presidida por Graça Guedes, e presta homenagem à sua fundadora, Rita Gomes. 2º CICLO DE COLÓQUIOS ERA UMA VEZ... O Círculo de Culturas Lusófonas Maria Archer vai organizar, dentro da temática “Literatura e Migrações”, um ciclo de colóquios sobre o conto infantil, em que procura divulgar obras de autores da Lusofonia, de dentro e de fora de Portugal. É uma forma de homenagear Maria Archer, na sua faceta de grande contadora de histórias, oralmente, com sabemos pelo testemunha de sobrinhos e primos, e, também, através de uma ou outra incursão na literatura infantil e juvenil – como tantos outros escritores, Anexos 196 jornalistas e professores, em que se incluem Ana de Castro Osório, Natália Correia, Sophia de Mello Breyner, Érico Veríssimo, Luís Sepúlveda, Rosa Montero ou Vargas Llosa. Em Julho de 2021 realizam-se dois colóquios, no dia 17, a partir da Galiza, com Adela Figueiroa Panisse, professora universitária, escritora e poetisa, e no dia 26 de julho, do Canadá, com Manuela Marujo, Professora da Universidade de Toronto, celebrando “O Dia dos Avós”. ‘ERA UMA VEZ...’ - Ciclo de Colóquios sobre o Conto Infantil Segunda feira, dia 26 de julho 2º Colóquio sobre o Conto Infantil, no dia dedicado aos Avós. Manuela Marujo apresenta o seu livro “A primeira vez que eu vi neve” – um retorno ao mundo das crianças inspirada na sua própria infância. Manuela Marujo é professora emérita da Universidade de Toronto, onde, durante muito anos, dirigiu o Departamento de Espanhol e Português. Para além da sua faceta académica, é uma personalidade marcante na comunidade portuguesa de Toronto e no universo da nossa Diáspora, Co-fundadora dos movimentos internacionais designados por “A vez e a voz das Mulheres” e “A voz dos Avós”, com ela poderemos abordar o significado da sua narrativa, o que a levou a escreve-la, e, também, a sua visão e experiência de diálogo intergeracional num contexto migratório. ERA UMA VEZ... 3º Colóquio sobre o conto infantil., 3 de dezembro, 18.00 19.00 O AVENTUREIRO GANSO-PATOLA DO CABO AFRICANO”.de Ester de Sousa e Sá. A apresentação será feita pelo Dr. José Vaz, historiador, cronista e autor de contos infantis, com muitos dos seus livros incluídos no Plano Nacional de Leitura. . 3º CICLO DE COLÓQUIOS AS LETRAS NA DIÁSPORA 10 de julho de 2021, 18-00-19.00 Homenagem d' Álém mar ao Prof. Mayonne Dias Promovidos pelo CCLMA, com o título As Letras na Diáspora, realizou-se uma 1ª sessão de homenagem a um grande escritor e professor português da Califórnia e um gentleman – o mais britânico dos portugueses. O 1º homem a ser homenageado pelo Círculo... Homenagem ao Professor Eduardo Mayonne Dias (1927-2021), que recentemente nos deixou, silenciando-se uma das mais importantes vozes da Língua Portuguesa na Diáspora Americana. Será oradora a Professora Doutora Rosa Simas, da Universidade dos Açores, cuja vida académica ficou indelevelmente marcada por este docente, quando teve o privilégio de ser sua aluna na Universidade da Califórnia, Los Angeles e Santa Bárbara. COLÓQUIO INTERNACIONAL – MARIA ARCHER: REFLEXOS E REFLEXÕES Biblioteca Nacional, 24 de Janeiro - 09:30 - 17:30 Homenagem a Maria Archer nos 40 anos de sua morte A escritora portuguesa Maria Archer (1899-1982) é homenageada neste Colóquio Internacional que conta com reputadas/os estudiosas/os da sua vida e obra, investigadores de universidades portuguesas, brasileiras, espanholas, francesas e norte-americanas. O encontro com entrada livre, pode ser assistido presencialmente no Auditório da Biblioteca Nacional de Portugal em Lisboa ou via online através da plataforma Zoom. Inscreve-se no projeto internacional Escritoras portuguesas no tempo da Ditadura Militar e do Estado Novo em Portugal, África, Ásia e países de emigração, uma parceria entre o IELT - Instituto de Estudos de Literatura e Tradição, as Faces de Eva (CICS.NOVA) e o Centre de Recherches Interdisciplinaires sur le Monde Lusophone (CRILUS - Études Romanes) da Université Paris Nanterre. SESSÃO DE ABERTURA (09h15 - 10h30) • Inês Cordeiro (Diretora-Geral Biblioteca Nacional – a confirmar) • Teresa Araújo (IELT) • Graça Dos Santos (CRILUS) Anexos 201 • José Manuel da Costa Esteves (Cátedra Lindley Cintra) • Dalila Cerejo (CICS NOVA) • Isabel Henriques de Jesus (FACES DE EVA) • Teresa Sousa de Almeida (IELT) • Maria Manuela Aguiar (CCLMA) PAUSA (10h30 - 10h50) CONFERÊNCIA 1 (10h50 - 11h50) - Moderadora Zamira Assis .Olga Archer Moreira (presencial) Só quero um futuro 2. (11:05/11:20) Márcio Matiassi Cantarin (UTF-PR) (online) Maria Archer: autora e personagens em busca de um quarto só para si 3. (11:20/11:35) Gemma Nadal (I. E.C. Barcelona) (presencial) Estratégias de subversão das personagens femininas de ‘Ela é apenas mulher’ de Maria Archer 4. (11:35/11:50) Maria Izilda Matos (PUC-SP) (presencial/online?) Maria Archer e seus escritos: lutas e resistências no exílio em São Paulo DEBATE (12:05/12:20) ALMOÇO (12h20 - 14h00) CONFERÊNCIA 2 (14h00 - 15h00) Moderadora Zília Osório de Castro 5. (14:00/14:15) Ana Paula Ferreira (UMN) (online) As razões anti-coloniais de Maria Archer (1935-1963) 6. (14:15/14:30) Elisabeth Battista (UNEMAT) (online) Musa entre medusas. Maria Archer e a partilha do sensível. 7. (14:30/14:45) Sílvia Espírito Santo (UAL) (presencial) A paisagem colonial na vida e obra de Maria Archer (1899- 1982) 8. (14:45/15:00) Inocência Mata (FLUL) (presencial) “A pena a serviço da sensibilidade” imperial: o lugar de Maria Archer na literatura colonial (provisório ) DEBATE (15h00/15h20) CONFERÊNCIA 3 (15h20 - 15h50) Moderadora Ana Rosa Mota 9. (15:50/16:05) Helena Pereira de Melo (NOVA.FD) (presencial) A tentativa de alteração do direito civil desigualitário através da literatura em Maria Archer 10.(16:05/16:20) Zamira Assis (NOVA.FCSH) (presencial) (a confirmar) DEBATE (16h20/16h30) INTERVALO (16h30/16h40) APRESENTAÇÃO DO PROJETO “Escritoras portuguesas no tempo da Ditadura Militar e do Estado Novo em Portugal, África, Ásia e países de emigração“ (16h40/17h30) • Teresa Almeida/ Isabel Henriques de Jesus/ Raquel Sabino APRESENTAÇÃO DO LIVRO Women writing portuguese colonialism in Africa, de Ana Paula Ferreira (17H30/18h00) COMISSÃO ORGANIZADORA • Ana Mota • Isabel Henriques de Jesus • Maria do Céu Borrêcho • Mariana Oliveira Rodrigues • Patrícia Anzini • Raquel Sabino • Teresa Sousa de Almeida • Zamira de Assis COMISSÃO CIENTÍFICA • Ana Paiva Morais • Gonçalo Plácido Cordeiro • Graça Dos Santos • Helena Pereira de Melo • Isabel Freire • Isabel Henriques de Jesus • José Manuel da Costa Esteves • Maria Manuela Aguiar • Patrícia Anzini • Teresa Araújo • Teresa Sousa de Almeida • Zamira de Assis • Zília Osório de Castro Promotores: Biblioteca Nacional de Portugal/ Lisboa/ Projeto internacional Escritoras Portuguesas no Tempo da Ditadura e do Estado Novo em Portugal, Brasil, África, Ásia e países de emigração/ IELT - Instituto de Estudos de Literatura e Tradição/ Faces de Eva (CICS.NOVA)/ Centre de Recherches Interdisciplinaires sur le Monde Lusophone (CRILUS - Études Romanes) da Université Paris Nanterre COLÓQUIO INTERNACIONAL, 22 de fevereiro de 2022 MARIA ARCHER E OUTRAS MULHERES DE REFERÊNCIA E DE iRREVERÊNCIA Maria Archer e Outras Mulheres de Referência e (Ir)reverência O Círculo de Culturas Lusófonas Maria Archer & Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa Universidade do Porto Comissão Organizadora Manuela Aguiar Nassalete Miranda Marinela Freitas Lurdes Gonçalves COMEMORAÇÕES DE HOMENAGEM A MARIA ARCHER NO PORTO 2022 SESSÃO DE ABERTURA Conferência da Profª DEOLINDA ADÃO "Sussurro de vozes no silêncio - o caso de Maria Archer.", seguida de debate, moderado por Maria Manuela Aguiar Inauguração da Exposição de pintura em homenagem a Maria Archer, comissariada por ESTER DE SOUSA E SÁ CICLO DE COLÓQUIOS MARIA ARCHER EU E ELAS – MULHERES QUE IRROMPERAM NO MUNDO DOS HOMENS O Círculo de Culturas Lusófonas Maria Archer organizou quinzenalmente, de 2 de fevereiro a 31 de março, um ciclo de colóquios, no Museu de História Natural e da Ciência, da Universidade do Porto - UP, Galeria da Biodiversidade - Centro Ciência Viva Abertura 2 de fevereiro GRAÇA GUEDES - A primeira Mulher Portuguesa doutora e Ciência do Desporto e professora catedrática neste domínio 16 de fevereiro AGUSTINA NA 1ª PESSOA - Agustina Bessa Luís, na veste de primeira Diretora de um grande jornal diário nacional, comunicação de NASSALETE MIRANDA 9 de março Dia Internacional da Mulher, em parceria com a Associação de Antigos Alunos do Liceu Rainha Santa Isabel. AMÉLIA CAVALEIRO DE AZEVEDO – UMA DEMOCRATA ANTES E DEPOIS DE ABRIL Apresentação de NASSALETE MIRANDA e MAXIMINA GIRÃO: Testemunhos AURORA PEREIRA, LEVI GUERRA, RUI AMARAL, AMÂNDIO DE AZEVEDO 16 de março, Em dois colóquios sucessivos, foram lembradas mulheres portuguesas que, no século XX, se destacaram no combate pela liberdade, em tempo de ditadura: Maria Archer e Maria Lamas, e, seguidamente, Ruth Escobar. 16h00 – 17h00 | MARIA ARCHER E MARIA LAMAS, O PERCURSO DE DUAS MULHERES LUTADORAS Maria Archer e Maria Lamas, nascidas em fins do século XIX, eram muito jovens quando a “Liga Republicana das Mulheres Portuguesas” foi criada, nas vésperas da Revolução de 1910, e o movimento feminista português atingiu o seu ponto alto, no período histórico da 1.ª República, mas estavam destinadas a continuá-lo, defendendo os mesmo ideais durante o chamado “Estado Novo”, com sacrifício das suas carreiras e da sua segurança. Eram mulheres independentes, que viviam do jornalismo, da escrita, e da escrita faziam arma de combate pela Liberdade. Ambas se viram forçadas a partir para o exílio, deixando-nos o seu exemplo de coerência e coragem e, também, obras intemporais de enorme valor literário, etnográfico e político. Será oradora a Presidente da Direção do Conselho Português para a Paz e Cooperação, ILDA FIGUEIREDO. 17h00 – 18h00 | TRIBUTO A RUTH ESCOBAR, A PORTUENSE QUE AJUDOU A MUDAR O BRASIL A vida, a obra, a memória da atriz portuense RUTH ESCOBAR serão evocadas em comunicações de JOSÉ CALDAS, encenador/diretor teatral, de DANYEL GUERRA, crítico de cinema e MARIA AMNUELA AGUIAR, antiga Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas. Nascida no Porto (Campanhã), Ruth Escobar (1935-2017) emigrou ainda adolescente para o Brasil, país onde se tornaria uma das grandes referências e protagonistas do teatro brasileiro, no último meio século. Seja como atriz, produtora, empresária, animadora sóciocultural, cidadã civicamente empenhada, Ruth Escobar recolhe o reconhecimento dos meios artísticos, culturais e políticos do Brasil. A realização deste tributo afetivo e afetuoso tem, assim, plena justificação, na sua cidade natal. 31 de março, 17-0019-00 SESSÃO DE ENCERRAMENTO OLGA ARCHER MOREIRA - (Sobrinha neta de Maria Archer) ISABEL HENRIQUES DE JESUS (U Nova- Faces de Eva) “De olhos bem abertos - Nótulas sobre Maria Archer, em Eu e Elas” BLANCHE DE BONNEVAL (amiga de Maria Archer) Moderadora: Maria Manuela Aguiar (CCLMA). Intervenções de Ester de Sousa e Sá e dos artistas plásticos participantes na Exposição