julho 28, 2014

Arcelina Santiago AEMM lançamento de publicações em Espinho


No dia 24 de abril, a biblioteca escolar da Escola Domingos Capela recebeu duas convidadas muito especiais, a Drª Maria Manuela Aguiar e a Drª Arcelina Santiago, com o objetivo de se proceder ao lançamento de dois livros: Expressões Femininas da Cidadania – III Encontro Mundial de Mulheres da Diáspora e Entre Portuguesas – 20 Anos da Associação Mulher Migrante. Num destes livros constam textos de alunos e professores da Escola Domingos Capela,  envolvidos nas atividades que foram desenvolvidas em Espinho nomeadamente na exposição de artes plásticas das mulheres da diáspora realizada no Forum de Arte e Cultura de Espinho e integrada na comemoração dos vinte anos da Mulher Migrante – Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade.
  Feito o reconhecimento dessas participações e dos professores e alunos envolvidos, passou-se ao segundo objetivo deste encontro: a comemoração dos 40 anos de abril, sob o lema “Encontros com a Liberdade”. Este tema sugestivo foi mote para dar relevo à conquista maior de abril – a liberdade! E sobre a liberdade de emigrar, a Drª Manuela Aguiar, especialista na área das migrações quer pelas funções que desempenhou em termos políticos mas também como cidadã interventiva na defesa dos direitos humanos , em particular no das mulheres na diáspora, fez uma intervenção muito interessante, dando enfoque a três períodos marcantes na história do nosso país: o da criação da identidade de Portugal em termos territoriais e como  nação, seguindo-se a expansão/ colonização, patente desde os descobrimentos, que deu origem não só a um império colonial, mas também à Diáspora,, ainda hoje presente em todo o mundo,  e,  finalmente, a revolução do 25 abril, o fim da guerra colonial e do colonialismo. o  culminar de mudança radical em termos de opções políticas democráticas - o 25 de abril, como regresso às fronteiras geográficas na Europa, mas mantendo através do seu povo, um espaço universal de lusofonia e lusofilia. Falou sobre as formas como se processaram os processos de emigração e como elas relatam as vivências da história de um povo e as conquista progressivas que foram sido conseguidas desde o 25 de abril, nomeadamente o reconhecimento de alguns direitos de cidadania, como a dupla cidadania, o direito ao voto…  Foi uma magnifica e viva aula de história e de acordo com uma perspetiva que a todos encantou.
  Seguiu-se a participação da Professor Arcelina Santiago, começando por fazer um elogio aos  alunos e professores desta Escola, presentes nos livros, com entrevistas a pintoras, texto sobre as caravelas que estiveram presentes na exposição e cujas imagens vão correr mundo e ainda o inicio de um  Projeto  de parceria  entre alunos e professores desta Escola/ Agrupamento e da Universidade de Berkeley e ainda um artigo de reconhecimento a uma professora de artes que tanto se tem empenhado – Filomena Bilber.
 . Lembrou as mudanças que se operaram em termos de educação do passado até às conquistas de abril, à necessidade de sermos cada vez mais cidadãos interventivos e críticos, algo que nunca acontecia no passado e, ainda a darmos apreço à liberdade pensando que outrora era algo impossível tal como escrever um livro sem ser sujeito à censura, expressarmo-nos oralmente, ou mesmo a criação de associações. Acentuou que a liberdade que todos consideram banal tal como o ar que respiram, foi algo negado e que muitos lutaram para que ela existisse.
 Foi uma excelente e dinâmica forma de celebrar os 40 anos de abril na Escola. 
A  Associação Mulher Migrante está de parabéns pelo papel que tem vindo a fazer em prol dos direitos humanos e, em especial, dos direitos das mulheres, patente no conteúdo destes dois livros aqui apresentados que os jovens tomem consciência dos problemas da sociedade e queiram ser agentes de mudança, através de uma participação cívica  de que estas duas oradoras são exemplos excelentes.

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