outubro 31, 2008

O Aguiaríssimo é o sucessor do Círculo Aguiar, e tem o mesmo objectivo: contar e comentar histórias da família, para conhecimento dos mais jovens.
Dei-me conta que, de muitos antepassados longuínquos, ou mesmo de parentes, com quem convivi, pouco sei dizer. Pelo menos, usando as suas próprias palavras... E, por isso, mal consegui alfabetizar-me nestas acessíveis tecnologias do nosso tempo, lancei mãos à obra, e incitei outros a fazer o mesmo.
O "círculo" vai bem, em constante alargamento, como queríamos!
Mas,... há sempre um "mas"... Neste caso concreto, é a reticência com que alguns encaram o relato, o comentário, e a abundante documentação fotográfica sobre as suas pessoas e as que lhes são mais próximas, num "blog" aberto... à maneira da admnistração pública sueca, se me é permitida a deslocada comparação ( feita sobretudo pela minha tão declarada "suecofilia"...).
Os portugueses (incluindo alguns dos "Aguiar") , do meu ponto de vista por razões várias, que não vou enumerar, mas por demais, prezam a sua "privacidade" e não querem prejudicá-la nestes infinitos caminhos da "blogosfera"... E, eu, que não prezo, pelo menos no mesmo sentido, ou grau, e que até acho que , se as coisas da família podem interessar aos de fora, só pode significar isso uma simpática curiosidade da sua parte (que é de agradecer!), não devo envolver ou sacrificar uma colectividade de parentes e amigos às minhas tendências ou gostos de falar com excessiva descontração de coisas passadas ou presentes, de memórias ou de opiniões sobre quaisquer matérias, sem "tabús".
Nem mesmo em política eu, pessoalmente, engraço com tabús, pertencendo, embora, a uma agremiação partidária, onde há membros dados a tal...
Para tudo se encontra, com boa vontade, uma solução luminosa. E, assim, optei por manter o "círculo Aguiar", como um círculo de amigos, incluindo, afinal, todos os que efectivamente nele vinham participando, com as suas mensagens. E por criar um outro, completamente aberto, onde se podem manifestar os que assim arriscam expor ou publicitar ideias ou eventos das suas vidas : o AGUIARÍSSIMO.
Um pouco mais ousado. Daí , sem imodéstia, o superlativo.
Pode querer dizer, apenas, que são aqueles que gostam de "partir a loiça".
O que, na nossa família, pode bem não ser mera figura de retórica...Há as divertidas histórias do Avô António, que partia, à bengalada, pratos de barro, nas festas da terra, para gáudio das vendedoras, a quem pagava o produto a dobrar...E as de um dos netos, e alguns bisnetos, que lhe seguiram as pisadas. Eu própria, também, em criança. Confesso que há muito me não exercito nessa prática...
Depois desta alusão ao Avô, vou contar somente o que se passa, ou passou comigo...

3 comentários:

Maria Manuela Aguiar disse...

Era sempre divertido observar o ar de infinita surpresa com que os deputados, recém vindos do governo, se confrontavam com a total falta de apoios e de meios de trabalho na AR,,, Nos anos 80, havia apenas uma sala comum para dezenas de colegas de ofício, meia dúzia de telefones, e, ao lado, um mini gabinete com, se bem me lembro, TRÊS eficientes secretárias, absolutamente "debordées". Depois as coisas melhoraram, mas pouco.Há agora uns abomináveis gabinetes, onde mal se circula, à volta de larguíssimas mesas. Para uma dupla de deputados, que até podem não se entender muito bem. E o resto, continua igual. Eu até tinha saudades do convivialíssimo salão comunitário e das TRÊS eficientes secretárias... AH! Acrescento que eu fui, num dia de Setembro de 1981, um dos tais ex-membros do governo, surpreendida pelo perfil terceiro-mundista do nosso parlamento...

Maria Manuela Aguiar disse...

Como ainda me engano, nos labirintos da blogosfera! Este comentário pertence ao texto seguinte...

Maria Manuela Aguiar disse...

Acabo de regressar da Argentina. Tudo óptimo, como nos tempos parlamentares. Devemos, ou não, voltar oas lugares onde fomos felizes? Acho que sim, são mais importantes as pessoas do que os cargos.