dezembro 17, 2008

Obama e o seu "team"

Obama, ainda antes de posse, está a tomar decisões inteligentes. A " pré-nomeação" de Hillary para Secretary of State começa a esbater a animosidade dos "Hillaritas", como eu.
Outras escolhas são igualmente interessantes, como a do Ministro da Defese de Bush, e comprometem de algum modo, se é que não convertem, sectores oposicionistas.
Lembrando a indignação que rodeou a aceitação por Freitas do Amaral - ainda por cima um independente, desde o século passado! - do cargo de "Secretary of State" de Sócrates, damo-nos conta do abismo que nos separa de democracias antigas. A política, por cá, joga-se em terreno pelado, na "liga dos últimos"...
Particularmente impressionante, o "recrutamento" de um Nobel para a pasta do Ambiente, porque parece, embora eu ainda não esteja absolutamente convicta de que seja, , uma espécie de retorno a "Camelot", anos 60.
Mas assim gostaria que fosse quem viveu, embora de longe, esses fascinantes mil dias de JFK e não esqueceu todas as notabilidades "made in Harvard", que então o cercavam.

Passei os últimos dias de campanha eleitoral nos EUA, em mais um dos "Encontros para a Cidadania", organizado ( e que bem!) pela Prof. Deolinda Adão, da Universidade de Berkeley, juntamente com a Doutora Maria Barroso e o Dr. António Pacheco, da Fundação Pro Dignitate (eu representava, aí, a Associação "Mulher Migrante", que lançou, em 2005, com o apoio decisivo do SECP, estes "fora" sobre a chamada "questão de género", no espaço da emigração).
Desta vez, a iniciativa até se integrava na visita do SECP à área consular de S. Francisco.
Isto para dizer que estive na Califórnia, sempre, no meio de portugueses. Todos, os visitantes e os locais "Obamistas"esfusiantes. Todos, menos eu ...
E não porque tenha qualquer pendor republicano. Nunca tive, ao contrário da maioria dos meus correlegionários nacionais. não sendo esta a única divergência que deles me aparta.
Em Portugal, o meu "Camelot" não tem retorno. Sà Carneiro foi único e irrepetível . A excepção á ideia de que não há insubstituíveis. Portugal não rcuperou mais da sua falta. E a politica perdeu toda a graça. Pouca importa que me chamem saudosista. Sou.
Mas por lá andei, apreciando, plenamente, o folclore eleitoral, e seguindo, sem o mesmo sentimento afectivo, mas com o meu habitual entusiasmo minhoto, os "Obamistas" portuguesas na visita ao quartel general da campanha, em Berkeley.

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