maio 07, 2009

Com toda a injustiça...

Inacreditável o desfecho da meia final da "Champions" que opôs o Barça e o Chelsea!
Primeira observação: no conjunto dos dois jogos, nenhum mereceu ganhar!
O s londrinos, porque em Barcelona tiveram uma atitude de "team" menor, remetidos à defesa no seu meio campo - muito eficaz, é verdade - como fazem no "Dragão"os clubes de terceira categoria, a sonhar com um empate. O mais que se pode dizer, em seu favor, é que realizaram esse sonho, com um "zero a zero", para o qual contribuiu um espantoso Bosingwa, inesperadamente, a mostrar como se "seca" o melhor jogador do mundo (segundo José Mourinho)...
Muito elogiado foi Hiddink, o treinador do Chelsea, pela sua visão táctica. É coisa em que é mestre, sem dúvida, mas matando o espectáculo.
Os catalães, em Londres, embora com a "atitude", que nunca lhes falta, com um avassalador domínio, em percentagem de posse de bola, foram, ainda assim, a viva imagem do fracasso, a provar que as estastíscas podem mentir. A perder desde o início, em 92 minutos, não conseguiram criar um lance de perigo, nem obrigar Cech a uma defesa ! Messi andava por lá, como fosse outro qualquer, apesar de alguns passes preciosos, sempre desperdiçados pelo destinatário, excepto um, ao 92º minuto - que, no futebol é a 25ª hora. Passe magnífico de Messi. Remate imparável de Iniesta e golo!... Empate a 1-1, o bastante para a qualificação.
Pelo meio uma arbitragem , que se esqueceu de marcar mais do que uma grande penalidade contra o Barça. E várias perdidas arrepiantes de Drogba, e companhia, em estonteantes contra-ataques.
Com o Chelsea sempre mais perto de marcar, de novo, quem imaginaria o dramático volte-face? Julgo que nem Guardiola, nem o mais ferrenho adepto catalão. Só mesmo um português, que estava meu lado, na Casa do FCP de Espinho - o presidente da Casa - que nunca perdeu a fé, ou o que quer que fosse... - e dizia, quase provocatoriamente, de vez em quando: "Quem se vai qualificar é o Barcelona!" .
Ainda repetia o vaticínio em pleno prolongamento e não ficou nada surpreendido por ter acertado.
Eu não consegui ficar nem triste, nem contente. Neutralidade total, facto jamais visto.

Cada equipa merecia ter perdido um dos jogos...
E não havia factores sentimentais ou afectivos de peso , a influenciar o julgamento ou a emoção:
Porque não jogam, há muito, pelos "blues" de Guus Hiddink, nem Deco, nem Ricardo Carvalho, e, muito menos, Paulo Ferreira... Nada mais difícil a uma estrela naccional do que triunfar com treinadores "made in Holland", pelo menos no estrangeiro. Foi um holandês que cortou os voos de Vitor Baía à frente da baliza do Barça, e, mais tarde, um outro (e amigo do primeiro), que pôs um prematuro fim à carreira do melhor guarda redes português que vi jogar em toda a minha vida...
Este "Chelsea - Países Baixos" não me motiva...
E este "Barça - Guardiola" já não tem nada de "português". ..Para mim tem, sim , o encanto argentino de Messi.
Mas nesta particular eliminatória, não houve Messi que se visse.

Na outra meia final, tudo normal. Tão fácil foi ao Manchester United dominar, por duas vezes, o Arsenal, quão difícil e injusto fora afastar o FCP no round anterior!...
Olhamos para estas super equipas e achamos que, por verdade desportiva e justiça, quem mais merecia estar na final e vencê-la era o nosso Porto.

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