maio 13, 2010

NON HABEMUS ERNANI...

Como todos os portugueses, estou farta de viver ciclos de austeridade e sacrifícios, logo desbaratados por um breve e carnavalesco "regabofe" eleitoral, como aquele a que assistimos o ano passado. Um governo que nos não dá nem "verdade", nem "esperança".
O chamado governo do Bloco Central, em 83-85, formou-se para salvar o país da bancarrota ... e salvou!
Os sacrifícios, então, valeram a pena. Com o PS de Mário Soares, o PSD de Mota Pinto e com o independente Ernani Lopes na pasta das Finanças, as contas públicas foram acertadas, com senso e medida, sem a louca contradição de misturar projectos megalómanos na agenda do executivo. E o governo que se seguiu, o de Cavaco Silva, herdou um país viável, e integrado na CEE.
Compreende-se que, hoje, o PSD de Passos Coelhos se solidarize com um programa de austeridade que procura evitar males maiores.
Não tem alternativa, porque a outra é o abismo.
Mas que confiança merece o governo, os ministros de agora?
Este programa de esmagamento fiscal dos contribuintes, a meu ver, só poderia resultar e ser portadora de esperança com outro governo.
Outro Primeiro Ministro, um segundo Ernâni Lopes ...

1 comentário:

Maria Manuela Aguiar disse...

Hoje, nos canais noticiosos por cabo, o apocalipse "fiscal"
anunciado submergiu a mensagem papal...
Gostei daquele professor que, na SIC Notícias, sobre a solução desta crise, falava de "combater o fogo com pirómanos" referindo-se à fiabilidade deste governo.
E de Lobo Xavier a falar de um 1º ministro "lunático".
É isso mesmo". Fazer tgv's nesta conjuntura, só tem essa explicação.
Palavra é mais divertida do que "irresponsável", ou "irrealista", no dizer de Pacheco Pereira.
E o António Costa, que é um homem de juizo, a defender o indefensável...
Mas nenhum deles encontra alternativa à decisão de Passos Coelho. Pelo visto, não há.