outubro 04, 2010

O 5 DE OUTUBRO DE 2010 EM ESPINHO

A Conferência da Senhora Dona Maria José Ritta foi o grande momento da comemoração desta data histórica em Espinho, e aquele que juntou um grande número de cidadãos interessados no diálogo para resolução de alguns dos principais problemas que se colocam à República de hoje.
Amanhã, precisamente no aniversário do século, não haverá outra sessão para este efeito, pois a celebração centra-se nos rituais do hastear da bandeira e ne execução do hino nacional pela Banda de Espinho (pelas 10.30, conforme solicitação do PR), na inauguração de uma grande exposição nas duas galerias do FACE às 12.00 (mas sem discursos nem conferência ou lições sobre o tema - que irão suceder-se mais tarde, ao longo de Outubro e Novembro, segundo esperamos) e no concerto da Academia de Música de Espinho, às 18.00.
De qualquer forma, já podemos dizer que o início foi prometedor.
Aqui fica a apreciação da Mestre Arcelina Santiago, que muito lhe agradeço, com um pequeno comentário meu, só para dizer que cabe o mérito do sucesso às convidadas, por um lado, e, por outro, à organização por parte dos serviços, aos artistas e à audiência.



Cara Amiga,

Sobre o serão de quinta-feira? Excelente! Excelente!
Parabéns! Planeou as iniciativas das comemorações do centenário da República, começando com uma homenagem às mulheres, através da conferência da Drª. Maria Barroso e continuou a homenageá-las, agora com um testemunho vivo de um rosto tão emblemático da nossa sociedade actual- a Drª Maria José Rita!
Gostaria depois, de fazer um comentário mais alongado sobre o momento que, felizmente, tive o privilégio de presenciar, mas deixo aqui apenas um breve apanhado.

Na verdade, foi cativante a simplicidade e genuinidade da ilustre palestrante que, na conferência, deu ênfase ao papel das mulheres na República e o muito que há ainda a fazer para que haja uma verdadeira equidade, provando que continua a ser a mulher atenta e próxima dos outros, característica que já nos tinha habituado enquanto primeira dama. O seu testemunho foi muito rico, desvendando aspectos da sua vida pessoal e social, reveladores de um humanismo marcante. Depois, à conversa com Margarida Pinto Correia completamos a imagem desta figura que para nós é uma referência. Enquanto primeira dama, desempenhou de forma extraordinária, um papel importante em defesa da causa pública, com autonomia, simplicidade, coerência e responsabilidade, segundo os princípios de proximidade com os outros. Como pessoa, dedicada à família e às grandes causas, como cidadã, atenta aos problemas da sociedade e ao serviço do voluntariado, prova-nos que é, seguramente, um dos rostos femininos que marcará a nossa história da República.

Os harmoniosos momentos de bailado e de musicalidade fizeram o enquadramento perfeito de uma serão feliz e inspirador...
Tal como referiu, inicialmente, amiga Manuela, que esta celebração dos cem anos da República, mais do recordar o passado, seja a projecção de um futuro promissor. Que ele seja inspirado nos valores patentes no testemunho de Maria José Rita. E que belo testemunho para homenagear as mulheres da República!!!

Abraço,
Arcelina Santiago

3 comentários:

Maria Manuela Aguiar disse...

Recebi muitos telefonemas a dar conta da satisfação das pessoas que puderam estar presentes!
A Dona Maria José é uma simpatia, como demonstrou bem na entrevista que lhe fez a Margarida Pinto Correia.
Foi uma fórmula diferente e interessante, que resultou. E acho que no interlúdio de dança e no breve concerto com que finalizamos os artistas estiveram à altura das circunstâncias.
Tão simpáticos, também - a contribuir para a nota de "proximidade", de informalidade que queríamos dar à uma sessão que, de outro modo, interporia entre todas as partes a distância caracteristica de comemorações rituais.

Maria Manuela Aguiar disse...

A nota mais divertida estava reservada para o final - e foi totalmente inesperada. Um autêntico "happening"!
Sabendo que a Delegação do FCP de Espinho ia oferecer uma pequena lembrança à portista assumida e "dragão de ouro", que é a Dona Maria José Ritta, sugeri que o pianista lhe fizesse uma segunda agradável surpresa, tocando os primeiros acordes do hino do clube.
E ele, por sinal adepto sportinguista, não se ficou por aí e continuou a brilhante execução do hino até ao fim. O Dr Sardoeira Pinto, que nos dava a honra de estar presente, foi o primeiro a levantar-se, logo seguido da nossa conferencista e de todos nós!
Todos, sem excepção, independentemente da cor clubista e quer fossem monárquicos ou republicanos... No fundo, um modo de saudarmos a faceta "nortenha" de uma portuguesa do sul!
Achei que uma explicação era devida e dei-a, de imediato, para contextualizar aquele momento ecuménico que acabavamos de viver em Espinho. E a Dona Mª José Ritta logo tomou o microfone e contou sinteticamente como nasceu a sua paixão "portista", manifestando a esperança de que a adesão de uma algarvia aos valores que o Porto- clube representa possa contribuir para reforçar o entendimento e a unidade nacional.
Há pequenos equívocos que valem a pena. Foi o caso!

Maria Manuela Aguiar disse...

Falo de equívoco, à falta de encontrar melhor termo.
Como não fui eu que fiz o pedido ao virtuoso pianista, como houve intermediação, terá ele entendido, ou ter-lhe-à sido expressamente dito, que se tratava de tocar a música de princípio a fim...
E que bem que a executou!
Ele é simplesmente fantástico e o som do piano e a acústica do "foyer" do Multimeios também.
Sobretudo para "dragões" foi um momento sublime e irrepetível!
Partilhado por todos os que gostam de boa música...