novembro 13, 2009

Uma ausência pouco mais do que irrelevante

A de Cristiano Ronaldo na selecção nacional, amanhã, no 1º jogo do "play-off" com a Bósnia.
Se ele não "fez a diferença" durante a fase de grupo, com que fundamento vamos agora invocar uma dependência do colectivo em relação ao celebrado "melhor jogador do mundo" nas suas sucessivas equipas, que, porém, na de Portugal, nunca é sequer um dos melhores em campo?
Fatal seria, por exemplo, a falta da magia do Deco (que só se esbate quando ele não está, de facto, em boa forma física...).
Verdade seja dita, mesmo quando não está em pleno na equipa do seu clube, parece renascer com a camisola de Portugal.
Ao contrário de Ronaldo, Deco costuma ser dar o seu melhor na selecção.

4 comentários:

Maria Manuela Aguiar disse...

Deco e não só Deco!
Mas agora que conhecemos o destino mundial da nossa selecção, posso bem repetir o que escrevi em título: Ronaldo é, em termos de equipa nacional, é um jogador banal e pouco influente. Acho até que atrapalha!
Atrapalha como capitão, atrapalha pelo individualismo, atrapalha pela desinspiração. Um insuportável fanfarrão...
Grande jogador ele é, de facto, mas só nas equipas que lhe pagam os excessos patentes na sua vida particular, faustosa e mediática...
Parece que é um aplicado profissional, que trabalha incansavelmente. Que tem força de vontade e garra, quando quer. Porém, na selecção portuguesa não quer.
Os luso-brasileiros são dos que dão os melhores exemplos - Deco, que hoje só entrou no 2º tempo, Pepe, o melhor em campo, em Lisboa, e igualmente influente na Bósnia e mesmo Liedson, que, nos jogos recentes, não marca golos, mas batalha.
Há os que se entregam à luta tal qual fazem nos seus clubes, como Bruno Alves e os já citados Pepe e Liedson ou os que têm brilhado mais na selecção, como Deco e Meireles.

Maria Manuela Aguiar disse...

Num relvado em miseravel estado, num estádio cheio de trogloditas, que nem sequer souberam respeitar o hino do país visitante, num ambiente bélico de pressão psicológica, de violência latente, o jogo foi uma ordália.
Os jogadores foram exemplos de coragem: todos!
Todos os que estiveram dentro do campo e dentro do estádio, incluindo os adeptos de cachecol ao pescoço.
Confesso: vou respirar de alívio só quando souber que o seu avião já levantou voo em direcção à terra pátria...

Maria Manuela Aguiar disse...

Curioso: um golo de Bruno em Lisboa, outro do Meireles na Bósnia.
Claro, no campo eram simplesmente portugueses, mas também é certo que ambos são do FCP...

Maria Manuela Aguiar disse...

Parece que a pertença clubista não é para aqui chamada, mas é.
Não devia ser, mas é.
Ainda hoje, mais uma vez, ouvi comentários de um facciosismo doentio.
Passei a noite, a transitar de um para outro canal, entre os que estavam voltados para o futebol - a Sic Noticias, a RTPN e a TVI 24.
Nesta última, ouvi coisas terríveis de ouvir. Sobretudo por parte daquele sábio do futebol, que datava as dificuldades da época Scolari da retirada do actual director do SLB, do Figo e do Pauleta. Apresentados como os líderes, que deixaram sem liderança a selecção...
Ora, se bem me lembro, o dirigente SLB deixou de jogar regularmente logo na 1ª fase do Euro 2004. Exactamente como o Fernando Couto, esquecido na douta referência, embora fosse, esse sim, o Capitão da Equipa!(O Capitão Couto já não era, mas tinha sido portista,,,).
Figo já então ia recolhendo, prematuramente, de muito mau humor, ao balneário... E Pauleta era um ponta de lança aceitável, esforçado, sem dúvida, mas com muito menos sucesso do que tinha na sua equipa em terras de França.

Omitiram, por completo, que o 2º lugar num europeu caseiro se deveu muito ao contingente da equipa campeã da Europa nesse ano: o FCP de Mourinho - isto é, metade da equipa e a melhor metade, a mais coesa!
Só faltou Baía para sermos mesmo campeões - a nível nacional, como eramos a nivel de clubes.
E quem se tornou o grande cérebro daquele excelente organização. daquela excelente máquina de jogar futebol?
Deco, é evidente!
Durante anos até de dizia, e bem, que a selecção era "Deco-dependente"...
Até hoje, a qualidade do seu jogo é marcada por Deco.
Quando ele está em forma surge, de novo, o grande Portugal.
Quem não se lembra do Portugal-Dinamarca, a grande exibição da era Queiroz, "so far"?
E quem foi o melhor em campo, o responsável maior pelo deslumbrante futebol? DECO!
O desfecho do confronto luso-dinamarquês, que ditou a rota de uma qualificação acidentada, foi alheio à qualidade desse desempenho.

Deco tem toda essa corja contra, em 1º lugar porque, onde quer que esteja, é um portista assumido. Em 2º lugar, porque é brasileiro nato e português naturalizado.
E o sentimento anti portista rivaliza com o complexo anti brasileiro...
Fosse ele de origem africana, como Eusébio, e outra seria o seu reconhecimento nacional.