maio 06, 2020

INAUGURAÇÃO DA BIBLIOTECA J MARMELO E SILVA 7 maio 2011


Maria Manuela Aguiar mariamanuelaaguiar@gmail.com

03:10 (há 11 horas)
para mim
Este é, certamente, um dia para a História de Espinho.
Antes do mais, porque, na data do centenário do seu nascimento, prestamos homenagem a José Marmelo e Silva, na Biblioteca Municipal, à qual de hoje em diante dá o nome.
Em boa verdade, como teria de ser, um nome com um grande significado para nós: o da pertença a Espinho de um génio das Letras portuguesas, que foi também um exemplo de afirmação da cidadania em tempo de ditadura e que soube fazer da escrita uma via de transformação da sociedade e de dignificação da condição humana.
Podemos dizer, com todo o rigor, que o distinguimos desta forma, que o escolhemos, porque primeiramente, ele mesmo nos escolheu – elegendo Espinho para viver e conviver, para ensinar gerações de jovens, para compor obras-primas em língua portuguesa.
Fizemo-lo por decisão unânime do Executivo da Câmara Municipal, que revela a consciência havida da dimensão cultural que José Marmelo e Silva acrescentou à cidade, como Espinhense no afecto e na vivência. E queremos prolongar este acto de comemoração, simbólica e exultante, num reencontro quotidiano e sem fim com o pensamento, a escrita, a mensagem deste Autor que vale a pena ler e reler.
O Homem que ousou denunciar o imobilismo, que foi a trave mestra do regime, cumprindo a sua parte em combate activo, porque, como lucidamente enunciava, “a anquilose atinge um povo, como uma pessoa. Atinge a humanidade (não havendo quem se oponha).
O narrador que, na expressão de um dos seus personagens mais comoventes, na hora de maior infortúnio, nos deixa uma exortação que serve qualquer tempo e qualquer lugar:
“Tende esperança! Tende esperança!”
Porque afinal (cito):
“A vida…que coisa contrastante e apesar de tudo irresistível

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