março 25, 2010

CONVICÇÃO REFORÇADA

Grande intervenção de Pedro Passos Coelho em Aveiro, num auditório cheio.
Sereno e seguro. Objectivo e preciso. Tudo bem pensado, articulado, ajustado à dura realidade, que é, neste momento, a do país e a do partido, também.
Um partido, em estado de instabilidade, cizania e indefinição - consumindo lideranças, uma atrás de outra, e a última a mais fraca de sempre.
Se no PSD o maior problema é o escasso tempo de vida de cada liderança, no país, pelo contrário, é a estabilidade ou excessiva duração de um governo em queda livre para o abismo.
Um governo e, com ele, o país.
É preciso não ter medo de confrontar este governo com os seus fracassos - e de o substituir, na hora certa.
Passos Coelho, na minha leitura das suas palavras, disse que não tinha medo.
Lembrou-me Sá Carneiro, no tempo em que falava de "IMPASSE" (que é precisamente o que hoje temos, de novo, pela frente), quando à sua volta todos tinham medo da mudança. Na sua própria comissão política, como conta no livro que tem o título de "Impasse", chegou a ser derrotado por 15-1...
A auto-proclamada intelectualidade deste partido cultiva ainda, como então, esta tradição de tibieza... Caso dos "situacionistas" de agora, que, espero, sejam, amanhã, os vencidos - "conditio sine qua non" para sairmos do impasse.

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