março 09, 2010

Dia Da Mulher na CASA DO RIBATEJO Newark

1 Uma bela e significativa homenagem a mulher, numa casa regional, que eu nao conhecia e que, para alem de ser muito bonita, com uma recriacao de um espacocem por cento ribatejano, bem decorada, com uma fantastica "ambiencia", com a matriz de um centro cultural bem dimensionado e bem utilizado, soube dar nos a imagem de um sarau portugues, que ja poucos sabem organizar, seguindo um molde tradicional, no qual vazam, temas e deias plenas de modernidade.
Sentiu se ali, muito embora, como deve ser, para ser bem, sem interferencia directa, a inteligente e discreta inspiracao da nossa consul geral, Dra. Amelia Paiva, que, por onde passa deixa um rasto de simpatia, eficiencia e dinamismo e a feliz marca de novos eventos, que faziam falta, e que entram, em definitivo, no calendario anual de acontecimentos, como estes que dao centralidade ao problema da participacao da mulher. No dia 8 de Marco, ou em qualquer outro...
Uma exposica colectiva de artistas da comunidade, um recital de poesia feminina e dita por mulheres (alguma de sua autoria), um concerto de piano por duas meninas, estudantes do conservatorio de musica, um intervencao sobre as Mulheres na Republica (a meu cargo...). e discursos muito bem articulados da Dra. Amelia Paiva , do Presidente da uniao de associacoes, do Presidenta da casa e da dirigente responsavel pela cultura. Tudo muito bem, e na dose csrta, salvo a minha parte, que excedeu o tempo, como quase sempre acontece.
Presentes lideres da comunidade, jornalistas, professores das universidades do Estado, tanto portugueses como brasileiros, angolanos, caboverdeanos, o nucleo da Mulher Migrante, associacoes de joves universitarios lusofonos.
Um sucesso e um bom exemplo a muitos titulos!
Valeu a pena!
E para falarmos da importancia da mulher como factor de progresso e abertura, nada melhor do que apontar o exemplo vivo, e muito obvio, da propria Consul geral. Como dizia o presidente da Uniao: nunca em Newark viram, a frente do consulado, alguem com tanta qualidade, proximidade das pessoas e imparcialidade. O seu trabalho na comunidade, vale mais do que mil discursos...

2 Ao longo de 30 anos de convivio com as comunidades portuguesas, raras foram as oportunidades que se me ofereceram de participar em comemoracoes do DIA INTERNACIONAL DA MULHER.
Nunca foi, ao longo do seculo XX, tema em agenda na diaspora portuguesa (de que eu tivesse conhecimento), com a excepcao das iniciativas do Lornal Luso presse de Montreal, desde a sua fundacao ha 12 anos. A convite de Norberto Aguiar, estive la por diversas vezes, a ultima das quais em 2009, sempre em debates muito interessantes, que ultrapassavam a barreira da nossa comundade e a integravam no "mainstream" de iniciativas organizadas, nesse dia, naquela cidade
Ja no sec. XXI, propus uma parceria entre a associacao Mulher Migrante e a federacao das associacoes portuguesas, com sede em Paris, para uma reuniao de mulheres ligadas ao associativismo, nesta data especial. O presidente de entao Jose Machado manifestou se um parceiro aberto e interessado, mas confessou me que nao foi coisa facil convencer os demais dirigentes do relevo do tema, apesar de, em qualquer outro assunto, estarem sempre prontos a dar o seu sim.... Nao os fascinava este, seguramente... Estavam num outro maistream, muito portugues, que leva a sistematica desvalorizacao de tudo o que e feminino, a comecar, naturalmente, pela questao de genero.
O certo e que o debate se fez em Houilles, nos arredores de Paris, e, a partir dai, nao mais deixou de se fazer, apesar de ter cessado a parceria com a Mulher Migrante, depois que Machado regressou a Portugal. Temos razao para nos sentirmos satisfeitas, porque a ideia inicial era mesmo lancar a "tradicao", nao protagonizar organizacoes, para as quais, de resto, nos faltam meios humanos e materiais... e ha sempre outra comunidade onde se pode actuar, ainda que nao esteja a espera de nos...

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