março 12, 2009

DOCAS - Falar com as cores

DOCAS é uma reformada exemplar.

Vejam só no que ela gasta o "tempo livre"!
Anda muito ocupada. Trata dos doentes da família Aguiar, quando os há.
Na falta de sinistros, vai a exposições, faz "footing" (pelo menos quando está de visita em Espinho, à beira-mar) , vê "O eixo do mal", etc ,e escreve no blog da nosso "Círculo", com uma graça natural.
Mas, sendo parca (e um pouco disléxica...) a falar, resolveu "falar com os pincéis" e dar-nos quadros em acrílico, que têm sido disputadíssimos entre os seus próximos (é de aproveitar, antes do lançamento num círculo mais alargado...).
Vai criar o seu próprio blog, mas autorizou-me a mostrar aqui, em 1ª mão, a nova "colecção". Ainda sem nome nome... O nome, para já é segredo...






















fevereiro 09, 2009

Bye bye, Scolari

Scolari nunca me convenceu.
Perdemos os anos todos que ele esteve à frente da Selecção, do primeiro ao último, sem promover novos valores, sem formar um conjunto ofensivo, corajoso, pronto a bater-se, de igual para igual, com qualquer equipa do mundo.
Aquelas contas de mercearia no apuramento para o "Mundial" só podiam dar em frustração - vamos ganhar em casa, para podermos empatar ou perder fora, porque precisamos de "X" pontos para atingir o objectivo... não é necessário mais... Depois, claro, começámos por empatar a torto e a direito, dentro ou fora, porque não é assim que se geram as chamadas "dinâmicas de vitória". Fomos salvos pela inépcia das outras equipas, que conseguiram perder e empatar mais do que nós! Um grupo desgraçado, mas providencial.
Nenhum verdadeiro Portista suporta a petulância, o paternalismo sonso do Sr Scolari. Temos sobejas razões de queixa, mas não é por isso que o homem nunca me convenceu. É porque não presta mesmo!
Ao contrário da maioria dos altos especialistas do nosso futebol, não esqueci o interregno, que acabou com a chegada de Scolari, e fora preenchido por um modesto treinador português, um tal prof. Oliveira. Durante esse período, ele ensaiou vários esquemas tácticos, ele convocou numerosos jogadores jovens , sem a preocupação essencial de ganhar no imediato, para melhor preparar as vitórias futuras. E que bem jogava a sua equipa (ou as suas sucessivas equipas)!
O último triunfo foi sobre a Suécia, na Suécia (3-1, salvo erro). Portugal entrava em campo como o natural provável vencedor, com confiança, com alegria, e saía com os três pontos. Dando espectáculo. Um português, que acreditava nos portugueses...
Com Scolari foi o que se viu.
As embirrações, as manias, os impasses... E, em pano de fundo, a convicção de que tinha "aterrado" num país terceiro mundista, em termos de futebol.
Começou o Europeu caseiro a perder, e, depois, por puro medo do descalabro prenunciado, aceitou o que todas as cabeças sensatas aconselhavam, e foi buscar, pronto e perfeito, o núcleo da equipa de José Mourinho - com a excepção do guarda redes, erro fatal que lhe custou o título...
(há alguém que acredite num FCP campeão da Europa com um Keeper medíocre, como o "protegé" de Scolari?).
A seguir, foi o plano inclinado... Aquilo que, realmente, previsivelmente, está ao alcance de um "canastrão", de um tipo como ele, preguiçoso e antiquado - até porque todos os preguiçosos tendem a desactualizar-se, não?
O "dream team" de Mourinho dispersou-se, envelheceu...
Ficou o desconcerto de um malabarista que só brilha quando um génio, no apogeu da forma física, como Ronaldinho Gaúcho, pelo Brasil, ou Deco, por Portugal, resolve as coisas por si e pelos outros ...ou, se preferirem , com os outros.
Bom, no Chelsea, durou 7 meses.
Muito mais do que eu esperava.
Em qualquer clube europeu com pretensões, não lhe dava mais do que 7 semanas.
E no Chelsea, ainda menos...

janeiro 28, 2009

janeiro 19, 2009

O alerta do Cardeal

O alerta do Cardeal Patriarca de Lisboa às jovens com quem dialogava, em ambiente descontraído, para que pensassem bem antes de casar com muçulmanos, foi, como é evidente, politicamente incorrecto. Mas, à partida, ser politicamente incorrecto é de bom augúrio.
E é a coisa mais cristã possível, visto que todos os exemplos de vida de Cristo são isso mesmo. Desde a expulsão dos vendilhões do Templo até ao Calvário.

O Cardeal teve de suportar uma grande variedade de críticas, ás quais, que eu saiba, não respondeu - e fez muito bem!
Entre todos, uns , especialmente imbecis, diziam que, para ser justo, também devia ter desaconselhado o casamento dos rapazes com muçulmanas - como se o principal problema não fosse a "capitis diminutio" da mulher perante o homem, e ainda mais, da mulher casada perante o marido - autêntico"dono e senhor" dela e dos filhos nascidos do matrimónio, na ordem jurídica dos países seguidores da lei religiosa (a "sharia"). Para esta escola de pensamento, laicismo, democracia, igualdade de direitos são obrigatórios só no "nosso" mundo. Francamente, acho a complacência, face ao desrespeito daqueles valores em outras culturas, um acabado exemplo de racismo ou coisa semelhante.

Aliás, se o Cardeal tivesse, de facto, combatido, pura e simplesmente a união entre crentes de diferentes religiões, sobretudo entre cristãos e muçulmanos, mostraria, aí, sim, uma faceta nova e menos tolerante da sua personalidade, que nos habituámos a considerar aberta e ecuménica.

Ele estava, na minha óptica, a abordar uma questão actual e pertinente, que os bispos, tal como os políticos portugueses, sempre marginalizaram, e ainda não aprenderam a tratar com a devida seriedade - a questão de "género", na vertente das doutrinas e das práticas religiosas.

Bem mais aceitáveis foram outras linhas de argumentação, entre as quais:

A de que se não deve generalizar, falando, sem mais, de "muçulmanos", como se fossem um todo, coeso e uniforme, quando não são. Nem as pessoas, nem os Países. Há, de facto, no plano individual, muçulmanos que são bons maridos e bons pais, diga o que disser a lei que os rege. E há Estados, como a Síria, a Turquia, ou o Iraque do tempo de Saddam Hussein, que são exemplos de Estados laicos. E há mais!

Ou a de que, também em Portugal, muitas jovens se arriscam a ser vítimas de violência doméstica , até de morrer às mãos dos maridos... (acrescentando que uma generalização apressada levaria uma qualquer autoridade estrangeira a recomendar às raparigas do seu país " muito cuidado antes de casar com um português. "Vejam lá o sarilho em que se metem...". Um português, mais ou menos cristão!
Temos de convir: a probabilidade de uma respeitável esposa ser agredida pelo legítimo cônjuge, em terra de brandos costumes, não é negligenciável!
Esperemos, pois, que, da próxima vez, o nosso simpático Cardeal se não esqueça de lançar um novo alerta às jovens casadoiras, relativo aos seus portuguesíssimos namorados, sabendo, perfeitamente que são católicos, ou cristãos, quase todos. Muçulmanos, neste mercado, é o que mais falta...
Será, com certeza, menos polémico e mais útil para a maioria das interlocutoras.

Embora não tendo muito a ver com esta história, na medida em que não envolve muçulmanos, nem maridos portugueses agressivos, não pude deixar de me lembrar de uma controvérsia, de natureza religiosa acontecida comigo mesma, no ano de 1965.
O ano do meu casamento católico.
O Padre que era o meu confessor, e me conhecia, desde criança, não estava em Portugal na data escolhida para a cerimónia. Houve que convidar outro.
E aqui começaram insuspeitados problemas!
Quando preveni o primeiro "substituto" da primeira escolha - que até era um excelente professor da Faculdade de Direito de Coimbra e parecia muito moderno - de que não queria ouvir a epístola de São Paulo na missa desse dia especial (aquela epístola que manda a mulher obedecer ao seu marido...) ele recusou, prontamente, a pretensão! Seguiu-se uma discussão mais júridica, talvez, do que teológica, acabada quase aos gritos, de parte a parte, comigo a dizer que ele estava parado dois mil anos atrás, no Direito Romano, e ele absolutamente convicto da verdade eterna desse Direito. Desconvidei-o...
O segundo "substituto" do insubstituível Padre, que me compreendia, passava, então, por ser um grande pedagogo, um especialista de questões de juventude, com obra publicada e nome feito. Aparentemente um homem dos novos tempos, de mentalidade "arejada". Era, até certo ponto, todavia não resistiu, ao teste da epístola..
A discussão durou dias e dias. Nem ele me converteu, nem eu o convenci.
Por fim, decidi que o casamento católico não teria missa, para eliminar o "diktat" misógeno...
Eu não tolerava mentir em plena Igreja! Se eu não ía obedecer ao marido - e não ía,de modo algum! - se o próprio futuro marido concordava e acatava a decisão - uma decisão comum - a que propósito se havia ali, na cerimónia, num sacramento em que o padre é testemunha e não parte contratante, de proclamar o contrário, convencional e hipocritamente?
O padre, que era amigo do noivo, acabou por ceder, e disse a Missa, com a epístola do dia...

Apesar de tudo, um "happy end" - tanto para a recalcitrante "feminista" católica de 20 anos, como para o próprio sacerdote...
E, sinal dos tempos, a dita epístola caíu em desuso, há nem sei quantos anos. Muitos...
Agora, é o próprio Cardeal, quem, de algum modo, põe em causa o "dever de obediência" das mulheres aos maridos, em outras religiões!



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Sem Bush

Um mundo sem Bush, muito embora com o seu legado de um "quase caos" económico, é uma esperança de retorno à normalidade (à normalidade das imperfeitas sociedades ou democracias em que vivíamos antes, apesar de tudo norteadas pelos valores que lhes dão, se respeitados, a sua superioridade moral, perante os déspotas, os ditadores, os criminosos, habitualmente actuantes em outras áreas do planeta).

Sem esperança, porém, para um milhão de mortos no Iraque.
Iraque, de berço da nossa civilização, a cemitério das nossas crenças no avanço civilizacional do Ocidente, com os seus Estados de Direito e o primado dos Direitos Humanos.

A "era Bush" tem o seu começo datado ao minuto, ou melhor, ao segundo : àquele momento em que começou a invasão do Iraque. Não, como alguns preferem, à queda das torres gémeas...
Foi nesse preciso momento que o itinerário de todos os males novos e maiores, que acresceram aos velhos. se desencadeou, imparavelmente. E que desapareceu o incipiente movimento universal contra o terrorismo...

Foi matéria em que não tive, nunca, a sombra de uma dúvida...
Todavia, espantosamente, no meu partido, na Assembleia da República, vi-me em situação de total isolamento.E fora da AR, restou pouco mais do que a voz de Ângelo Correia

É verdade, embora pareça incrível, é verdade: no, então, ainda numeroso grupo parlamentar do PSD eram todos grandes, e aparentemente convictos, defensores dessa tese aberrante da "guerra preventiva" !
Tentei, em vão, convencer as lideranças de que lhes prestava o melhor dos serviços ao manifestar, ainda que sozinha, uma posição radicalmente oposta à da quase unanimidade.
Tinha razão, é claro: por um lado, mostrava que havia alguma vivência democrática dentro do grupo; por outro, marcava, ali , no interior, o espaço daqueles, a quem o futuro daria inteira razão (disso, à época, eu não tinha, como disse, a mais pequena dúvida, e nem percebia como é que gente tão conhecedora da cena internacional, e inteligente, podia ter...):

Esta observação refere-se ao chefe, ao líder, ao então primeiro ministro, não aos "Yes-men", que, desses, só se espera que abanem a cabeça, conforme a ordem, que vem de cima.

A diferença entre o líder e os outros, no tratamento da minha divergência. foi, apesar de tudo, notável.
Fazia muita questão que a votação do grupo parlamentar fosse unânime - mas só me pediu que não fosse votar, nesse dia do voto sobre a guerra . E eu não fui... porque tenho este defeito de ser sensível´`as "boas maneiras" do amigo e opositor (ideológico). Já, pelo contrário, em situação de conflito aberto, não cedo "nem morta".
E, em termos de opinão, não cedo mesmo! Sobre esta questão, dei entrevistas , a dizer o que pensava, muito claramente (ao jornal Público, por exemplo, no próprio dia da tal votação...). Escrevi, pelo menos, um artigo, na imprensa nacional.
E, na APCE (Asembleia Parlamentar do Conselho da Europa), em Paris, em Estrasburgo,, onde, por sinal, até presidia , por escolha pessoal do líder do partido, à Delegação Portuguesa, tive e usei, ampla e constantemente, de total liberdade para me manifestar contra a guerra, contra Guantánamo, contra Bush. Em intervenções formais, em recomendações, em reuniões de comissões, ou nos plenários. É material que tenho de procurar, embora hoje, já não seja preciso convencer ninguém... Já fizeram, todos, a sua estrada de Damasco, o mais discretamente possível.

Ora o Senador Obama foi um dos raros políticos americanos a ser, na altura, lucidamente, contra esta insensata, injusta e fatídica campanha bélica...
Nem Hillary, a minha candidata, teve a coragem de o ser... Relevei o erro, porque queria ver uma Mulher altamente inteligente, muito bem preparada, com larga experiência, tornar-se a 1ª presidente dos EUA. Vou vê-la como Secretary of State!
E, a avaliar pela escolha da equipa governamental, com prémios Nobel e muito "Harvard" à mistura.ou muito me engano, ou vou acabar por ser mais Obamista do que os que o eram durante a campanha ...
Ainda é um pouco cedo para ter certezas, mas não para ter esperança.




janeiro 03, 2009

AMÁLIA ausente num "soap" vulgar...

Fui ver o filme, sem grandes expectativas.

Uma Mulher tão grande, mais do que grande, genial, e, para além de genial, mítica, uma Mulher que foi o verdadeiro rosto feminino de Portugal no séculoXX, que o mundo inteiro admirava como símbolo da nossa cultura, da nossa diferença , merecia ser retratada nos ecrãs com um máximo de qualidade artística - e, na pior das hipóteses, com um mínimo de centelha e de verosimelhança. Tinha as minhas dúvidas de que este mínimo fosse atingido, e considero que não foi.
Não falo da precisão histórica, porque sobre os mesmos factos e os mesmos gestos ou palavras, há sempre espaço para a interpretação subjectiva. Obviamente, também, sobre os sentimentos e estados de alma.
Por isso, estava preparada para aceitar erros menores, desde que a essência da fascinante individualidade de Amália perpassasse na tela...
Sabia que a voz era mesmo a sua voz - pelo menos o som seria genuino e encantatório. E que a actriz é bonita e até faz, realmente, lembrar, quanto baste, a jovem Amália. A banda sonora, a beleza da intérprete e alguns "maneirismos" em que se sai bem, são tudo o que de positivo se pode dizer sobre o empreendimento ou o atrevimento, de que falamos.

Não encontrei mais nada da Amália, que conheci , por acaso, na altura em que começa a narrativa - ou melhor, logo a seguir, quando já estava recuperada da doença, ainda muito lembrada . E é certo que contava, com enorme franqueza e simplicidade, quanto os musicais de Fred Astaire a tinham ajudado a superar uma das piores fases da sua vida. Mas não estava demasiadamente traumatizada por isso.

O filme principia com as soturnas imagens da vedeta, envelhecidíssima, feíssima, fantasmagórica, sozinha num hotel de Nova York. E com a sua tentativa, não consumada, de suicídio. A acção decorre em "flash back". Ela vai lembrando o seu passado, desde a infância de pobreza e infelicidade até ao tempo dramático que está a viver.
É uma história que toda a gente conhece - ou pode conhecer, lendo o que há escrito... Só vale a pena contá-la, se fôr bem contada.

Este "Amália" é um aproveitamento do nome, de registos sonoros, de factos ou de boatos do domínio público, em estilo puramente "soap". Ainda por cima, com uma selecção pouco criteriosa entre o importante e o acessório, diminuindo, talvez mais por inépcia do que intencionalmente, o percurso profissional, o ascendente cultural, a inteligência, a alma e a capacidade de expressão, a graça e o carisma - para além de uma voz incomparável - de alguém que se tornou muito mais do que uma cantora de renome internacional ( a avaliar pelo que nos é mostrado, limitada ao país, ao Brasil e a Paris de França!...).

A Amália, que eu encontrei, pela primeira vez, como disse, depois do "check out" daquele hotel (em 1984), em que é figurada no ecrã, era, ainda, e foi sempre bonita. Envelheceu bem.


Amália em Agosto de 1987(num jantar no "Clube dos Empresários")















Amália na Assembleia da República (1990?)






E era uma Senhora! Sabia conversar, sabia estar. Tinha imensa vida, imensa graça. Dava resposta pronta e directa, acutilante. Não parecia, porém, uma celebridade. Parecia uma senhora culta e inteligente, e muito simpática. Era espontânea, natural. Eu nem acreditava que estava diante de Amália Rodrigues. Era um jantar de família - da família Seabra - e eu a única "outsider". Mas logo me senti em família. O marido, o Engº Seabra não tinha qualquer sotaque brasileiro e dizem-me os primos (meus amigos há muitos anos), que nunca teve... Entendiam-se bem. Ele era muito tranquilo, muito simpático também. A sua morte, anos mais tarde, deixou Amália irremediavelmente só.
A partir de 1984, encontrei-a, muitas vezes, até no estrangeiro: em Connecticut, em casa dos primos Seabra da Veiga, numa longa viagem transoceânica de Lisboa para o Rio (cidade, onde a vi e ouvi cantar, num espectáculo fabuloso no "Canecão); em Newark, nas festas do 10 de Junho, quando foi "Grand marshall" da Parada. E muitas vezes, em Lisboa. E a última vez, inesperadamente num restaurante da Foz. Estava eu em campanha autárquica, com o General Carlos Azeredo e o Prof. Marcelo Rebelo se Sousa
Era uma espantosa personalidade, como figura pública.
Na convivência pessoal, era uma Senhora.
Dizia Simone de Beauvoir: On ne naît pas femme, on le deviant".
Num sentido um pouco diferente, podemos bem dizer: "Não é o berço, que faz uma Senhora. É a cultura, a cultura interiorizada.

dezembro 19, 2008

O voto presencial dos Portugueses no estrangeiro

A AR prepara-se para alterar, em votação final global, o modo de exercer o sufrágio nas eleições legislativas, impondo, em substituição do voto por correspondência. o voto presencial.
Extremam-se os campos, degladiam-se as lideranças partidárias, levantam-se suspeições, mas não se debate, desapaixonadamente, o ponto fundamental, que é o de facilitar e incentivar a participação dos emigrantes, em tremendo decréscimo de acto para acto eleitoral...
O costume!
A questão não é nova, a reflexão sobre ela muito pertinente.
De facto, o nosso sistema está desprovido de qualquer coerência interna. A cada eleição, o seu modo de votar, havendo até uma que se reparte, geograficamente, pelos dois.



Para a AR, votava-se apenas por correspondência, e passará agora a votar-se em urna.
Para o PR o voto é, exclusivamente, presencial.
Para o PE (Parlamento Europeu), votava-se somente dentro do espaço daUE (União Europeia) , e por voto em urna. Na próxima eleição, já em 2009, os residentes em qualquer parte do mundo, fora das fronteiras da UE ,poderão votar, pela primeira vez, mas presencialmente.


A tendência mais recente, sempre por exigência expressa da esquerda do hemiciclo (e sem a satisfação da qual não teria havido acordo para aprovação das propostas da área do Psd), vai no sentido da eliminação do sufrágio por correspondência.
E, por isso, se vem considerando, apressada e erradamente, que o Psd é um acérrimo paladino do voto por correspondência. Não sei se agora é, mas tenho a absoluta certeza de que não era!
O que eu defendi, e não a título pessoal, mas em nome do partido, foi coisa muito diferente.

A meu ver, o único meio de proteger os interesses de participação dos cidadãos expatriados é um sistema misto, uniforme, para todos os processos eleitorais, sem excepção:
Votação presencial, como regra.

Com a possibilidade optar pelo voto por correspondência, para todos os que residam a uma determinada distância dos locais de voto (distância a regulamentar- 30 50, 100 kms. - o que o legislador convencionasse, sendo, do meu ponto de vista, evidentemente, o ideal prever a mais curta).

Esta solução generalisava, efectivamente, o voto em urna. em locais de voto abertos em consulados, associações, etc. É sabido que os Portugueses, na sua maioria, vivem em grandes concentrações, relativamente perto dos consulados - por exemplo, no Rio de Janeiro, em Toronto, em Joanesburgo. em Genebra, em Paris, em Caracas...E esses não teriam outra alternativa.
A opção seria dada aos que residem em pequenas comunidades dispersas, algumas a centenas, ou mesmo, a milhares de quilómetros de um qualquer secção de voto.

A quem fala de eventualidade de "fraude" no voto por correspondência convém responder que democracias, das mais reputadas, aceitam este modo de votação. E lembrar que, quando se permite, sem grande utilidade, a manutenção de urnas abertas, nos locais de voto, ao longo de 3 dias, também, em alguns casos, pode ocorrer a "manipulação" do resultado, sobretudo onde não haja delegados, e delegados experientes, das listas ou candidatos em competição...

Um olhar pelas estatísticas de participação eleitoral, através de um e outro dos modos de votação , em eleições nacionais - AR e PR - aponta para uma redução drástica, para cerca de metade. provocada pela aplicação do voto em urna, apesar de se tratar do acto eleitoral à partida mais aliciante (a do PR...).

O Psd defendeu já , expressamente, " a votação em urna, nos consulados portugueses, mantendo-se a possibilidade do voto por correspondência", no seu programa eleitoral de 1999.
E veio a clarificar, sem margem para dúvidas, essa posição, no sentido que defendo hoje, como defendi então, na votação da "Lei Eleitoral para o Presidente da República", em 2001.

dezembro 17, 2008

Obama e o seu "team"

Obama, ainda antes de posse, está a tomar decisões inteligentes. A " pré-nomeação" de Hillary para Secretary of State começa a esbater a animosidade dos "Hillaritas", como eu.
Outras escolhas são igualmente interessantes, como a do Ministro da Defese de Bush, e comprometem de algum modo, se é que não convertem, sectores oposicionistas.
Lembrando a indignação que rodeou a aceitação por Freitas do Amaral - ainda por cima um independente, desde o século passado! - do cargo de "Secretary of State" de Sócrates, damo-nos conta do abismo que nos separa de democracias antigas. A política, por cá, joga-se em terreno pelado, na "liga dos últimos"...
Particularmente impressionante, o "recrutamento" de um Nobel para a pasta do Ambiente, porque parece, embora eu ainda não esteja absolutamente convicta de que seja, , uma espécie de retorno a "Camelot", anos 60.
Mas assim gostaria que fosse quem viveu, embora de longe, esses fascinantes mil dias de JFK e não esqueceu todas as notabilidades "made in Harvard", que então o cercavam.

Passei os últimos dias de campanha eleitoral nos EUA, em mais um dos "Encontros para a Cidadania", organizado ( e que bem!) pela Prof. Deolinda Adão, da Universidade de Berkeley, juntamente com a Doutora Maria Barroso e o Dr. António Pacheco, da Fundação Pro Dignitate (eu representava, aí, a Associação "Mulher Migrante", que lançou, em 2005, com o apoio decisivo do SECP, estes "fora" sobre a chamada "questão de género", no espaço da emigração).
Desta vez, a iniciativa até se integrava na visita do SECP à área consular de S. Francisco.
Isto para dizer que estive na Califórnia, sempre, no meio de portugueses. Todos, os visitantes e os locais "Obamistas"esfusiantes. Todos, menos eu ...
E não porque tenha qualquer pendor republicano. Nunca tive, ao contrário da maioria dos meus correlegionários nacionais. não sendo esta a única divergência que deles me aparta.
Em Portugal, o meu "Camelot" não tem retorno. Sà Carneiro foi único e irrepetível . A excepção á ideia de que não há insubstituíveis. Portugal não rcuperou mais da sua falta. E a politica perdeu toda a graça. Pouca importa que me chamem saudosista. Sou.
Mas por lá andei, apreciando, plenamente, o folclore eleitoral, e seguindo, sem o mesmo sentimento afectivo, mas com o meu habitual entusiasmo minhoto, os "Obamistas" portuguesas na visita ao quartel general da campanha, em Berkeley.

novembro 16, 2008

Na Argentina Presença Portuguesa no Feminino


Acabo de regressar de Buenos Aires, onde fui para assistir à comemoração do 10º aniversário da "Associação Mulher Migrante Portuguesa da Argentina ".
Esta Associação é um caso absolutamente singular no panorama actual das organizações das nossas comunidades do estrangeiro, ou, se preferirem, das nossas comunidades organizadas, no seu sentido social, dinâmico, gregário - isto é, portador de futuro colectivo... e muito português.

Em primeiro lugar, porque surgiu de um reconhecimento da quase completa ausência de participação das mulheres no dirigismo associativo português daquele país (semelhante à que se verifica em tantos outros, na maioria deles, da Europa à Oceania...) e de uma intenção, claramente afirmada, de abrir um espaço à actuação da "metade feminina".
O objectivo matricial foi mesmo esse. Tendo estsdo presente na 1ª reunião, realizada em Novembro de 1998, em Villa Elisa, lembro-me bem dos animados debates e das diferentes sugestões para a elaboração de um programa de acção, que traduzisse uma linha de rumo. Então, era ainda preciso encontrar as causas em que se iria concretizar a "causa" de oferecer oportunidades a quem as não tinha, para trabalhar em favor da colectividade!

Em segundo lugar, porque as oportunidades foram, de facto, aproveitadas de uma forma superlativa e a "Associação" veio mostrar muito mais talento, dedicação e eficácia, num rol extenso e impressionante de actividades, do que qualquer das fundadoras teria podido sonhar no momento de um difícil e humilde arranque.

Em terceiro lugar é de mencionar a conjuntura excepcional que, pouco tempo depois, a Argentina iria atravessar - uma dramática crise social e política , com uma crescente pauperização, a atingir todos, e a sentir-se, fortemente, no meio da nossa comunidade. A adversidade pôs à prova as capacidades de resposta da nova associação, nessa altura, já particularmente vocacionada para a área assistencial, preenchendo, de algum modo, a lacuna deixada em aberto pelo lamentável desaparecimento do hospital da Beneficência Portuguesa. Essa "prova de fogo" foi ultrapassada, de uma forma admirável. A partir daí, não havia mais dúvidas, nem da parte de homens, nem de mulheres. A reputação e o prestígio da organização estavam estabelecidos, num ambiente consensual. A nível da comunidade, do movimento associativo, mas não só. Também perante a Embaixada de Portugal, perante o Governo, e, finalmente, até no universo de todas as comunidades portuguesas.
Em Junho deste ano, a Associação Mulher Migrante da Argentina foi uma das três associações ditinguidas com os "Prémios Talento", da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas.

Por último, há um outro aspecto fora do comum, que merece destaque: numa altura em que tanto se fala da necessidade de concentrar esforços, de promover até a fusão de instituições, em declínio, em plano inclinado, ou em número excessivo, vem esta mostrar que uma nova organização pode não ser sinónimo de dispersão de forças, mas, pelo contrário, de maior união entre todos.
Para isso, foi essencial não ter implicado duplicação de acções, mas, antes, suprido uma enorme omissão (e logo no campo do apoio social...). E não ter criado uma sede de cimento e betão - funcionando, alternadamente, nas instalações dos centros comunitários pré-existentes, para as suas actividades sociais e de "fund-raising". O que, evidentemente, ainda mais reforça os laços de colaboração e bom entendimento com todas eles.
Por isso, no dia 11 de Novembro, em Villa Elisa, este ano, lá estavam o deputado do Círculo da Emigração, Dr. Carlos Páscoa, o Conselheiro da Embaixada, Dr. Bruno Moreira, o Conselheiro das Comunidades, António Canas, assim como o Presidente do "Conselho das Comunidades da Argentina", e os presidentes dos mais importantes clubes portugueses. E um enorme salão cheio de admiradores da obra destas notáveis portuguesas, quase todas, há 10 anos, simplesmente passivas frequentadoras das festas comunitárias.

As três presidentes, que se sucederam, neste período, e são os rostos mais visíveis do "êxito" alcançado, a Maria Alice de Matos, a Natália Renda Correia, e a Maria Violante Martins, têm sabido ser o elo de ligação de uma fantástica "rede" de colaboradoras: quando surge um problema grave na comunidade, acidente, doença, já todos sabem que podem recorrer à responsável ou delegada da "Associação" mais próxima da sua morada. Elas procuram ajudar, de imediato, e com todos os meios disponíveis.

Esta meteórica ascensão de uma ONG invulgar começou, afinal, na vontade eficaz de responder a um apelo de cariz muito "Kennedista": "o que podemos nós fazer pelo nosso país, pela nosssa comunidade".
Uma resposta no feminino.
Um exemplo a seguir.
Um sinal de esperança.

Num tempo em que tanto se fala na dificuldade de encontrar novas lideranças: as mulheres aí estão, capazes de duplicar o campo de recrutamento dos voluntários, que se diz escassearem...


Centro Pátria 2005

novembro 05, 2008

Habemos Obama

A Obamania tornou a TV, ontem, particularmente insuportável- todos os canais a dar o mesmo, na vã tentativa de criar "suspense", sem qualquer base para isso.
Nem o "trio de ataque"resistiu: às 23.30, cedeu lugar àquela multidão de "enviados especiais", que se foram de passeio até aos "States", comentar um evento, que da mesma forma comentariam sentados, nos estúdios de Lisboa.

O melhor da noite foi o golo do Derlei!

novembro 04, 2008

A NOSSA BANCA E O NOSSO FUTEBOL

Anda muito preocupada com os desmandos do nosso futebol a Senhora Doutora Procuradora- Geral Adjunta Morgado. Parece que é aí que começam os males maiores do País.
Mas está visto que não é... É noutros terrenos, de outros jogos, que se cava a ruína do Portugal de hoje.
Sinto -me tentada a citar, a propósito das cruzadas de Morgado, de novo, o inevitável Lampedusa...

novembro 03, 2008

Falta a Hillary!

As eleições made in USA perderam toda a graça, para a velha feminista , que eu sou.

Pode a América estar preparada para eleger um negro - o que representa uma certa forma de mudança, naturalmente positiva, pois é coisa demasiado estúpida votar em função da cor da pele. Eu, por exemplo, teria aberto a 1ª excepção à regra de alinhar sempre com os democratas para apoiar Colin Powell. Ele, sim, merecia ser o 1º não "wasp" a ocupar a Casa Branca!
Com Obama bem podem falar de "change", com a certeza de que o maior "change" ainda não é possível naquela muito imperfeita democracia, tão desvalorizada por preconceitos. Ou seja, a eleição de uma Mulher!
Hillary merecia ganhar não por ser mulher, mas por ser o melhor dos candidatos, evidentemente.

É curioso: Andamos todos a debater nomes ou ideias de concorrentes, como se pudessemos votar... Deveríamos, porque sofremos as consequências das más escolhas. Bush, como desde a guerra do Iraque eu esperava, não desgraçou somente o Iraque, mas a América e o mundo inteiro.
A única coisa esplêndida, nesta eleição, é a certeza de qualquer dos dois homens , o democrata ou o republicano, porá fim à "era Bush". Até a Palin ou o Bidden me inspiram menos receios!...


A favor do Obama, para mim, apenas pesaria o facto de ter sido, declaradamente, desde o início, contra a guerra do Iraque. "Les beaux esprits ..." No parlamento português, fui a única pessoa do meu partido (o PSD, na altura, o PSD de Durão Barroso...), a manifestar-se publicamente contra essa guerra injusta e absurda. E no partido extra parlamentar, no PSD total, só recordo outra voz discordante, a de Angelo Correia... Talvez houvesse mais um ou dois, mas eu não dei por isso...

Assim, não sendo americana, não tendo o direito de voto, não enfrento o dilema de me abster ou de participar, neste acto cívico . Vou assistir às reportagens, sem emoção e sem "stress.

E sem esquecer que na 1ª eleição Bush, quem ganhou foi mesmo Gore.

O que teria sido o mundo sem Bush?

novembro 01, 2008

Modos de viver a aposentação, aos 66 anos de idade







Fui na quinta feira , 30, à Assembleia., aonde já não ia há meses sem conta.
Valeu a pena, porque, além de ncontrar as pessoas que procurava e outras também simpáticas, daquelas que se saúdam em 30 agradáveis segundos, pude ver uma exposição sobre José Relvas, com retratos de Malhoa, Columbano e outros. De encher os olhos! Como galeria de arte, a nossa Ar não deixa de nos surpreender...

Óptimo para quem não tem saudades do hemiciclo, agora em obras. Não há, porém, obras que o possam tornar mais atractivo para mim. Não posso dizer, como o Malato:"Jà fui muito feliz ali". Não fui, nem deixei de ser. Acho que nunca tive demasiadas oportunidades de dizer o que me ia na alma - o que possivelmente foi um bem, para os poderes constituidos, e, se calhar, até para mim. De qualquer modo, falar dos ou pelos emigrantes, que foi o que eu sempre tentei fazer, não é nunca tema capaz de prender atenções e de entusiasmar plateias. O termo pode soar a irreverência, mas eu costumava dizer coisa pior: que pouco era o tempo que podia "desperdiçar"no plenário ( a marcar presença, preocupada com os requerimentos ao governo, os relatórios para o Conselho da Europa, os artigos sobre as comunidades, os telefonemas por fazer, os faxes por enviar, a organização de deslocações próximas futuras e muitas outras coisas a desenvolver sozinha, sem secretariado - realidade só admissível num parlamento de 3º ou 4º mundo...), mas que, quando a pressão abrandava, e eu me sentava, sem pensar nas agruras da agenda, e gozando, enfim, o "espectáculo", me sentia tão bem como no "Parque Meyer"...

A verdade é que, nos meus longos anos de deputada, os melhores tempos foram aqueles em que, por dever de ofício, estive a muitas milhas do hemiciclo, ou nas "comunidades" ou nas reuniões da APCE ( a Asembleia Parlamentar do Conselho da Europa) .
E só essa parte do meu trabalho, de que , de facto, sinto falta, me levou a protelar por tanto tempo, a decisão de mudar de rumo.
Quando mudei, nas alegres eleições antecipadas de 2005, dando "lugar aos novos", já era tarde para alguns dos projectos entretanto adiados. Não para outros, que continuam, reconheço, a ser demais...

outubro 31, 2008

O Aguiaríssimo é o sucessor do Círculo Aguiar, e tem o mesmo objectivo: contar e comentar histórias da família, para conhecimento dos mais jovens.
Dei-me conta que, de muitos antepassados longuínquos, ou mesmo de parentes, com quem convivi, pouco sei dizer. Pelo menos, usando as suas próprias palavras... E, por isso, mal consegui alfabetizar-me nestas acessíveis tecnologias do nosso tempo, lancei mãos à obra, e incitei outros a fazer o mesmo.
O "círculo" vai bem, em constante alargamento, como queríamos!
Mas,... há sempre um "mas"... Neste caso concreto, é a reticência com que alguns encaram o relato, o comentário, e a abundante documentação fotográfica sobre as suas pessoas e as que lhes são mais próximas, num "blog" aberto... à maneira da admnistração pública sueca, se me é permitida a deslocada comparação ( feita sobretudo pela minha tão declarada "suecofilia"...).
Os portugueses (incluindo alguns dos "Aguiar") , do meu ponto de vista por razões várias, que não vou enumerar, mas por demais, prezam a sua "privacidade" e não querem prejudicá-la nestes infinitos caminhos da "blogosfera"... E, eu, que não prezo, pelo menos no mesmo sentido, ou grau, e que até acho que , se as coisas da família podem interessar aos de fora, só pode significar isso uma simpática curiosidade da sua parte (que é de agradecer!), não devo envolver ou sacrificar uma colectividade de parentes e amigos às minhas tendências ou gostos de falar com excessiva descontração de coisas passadas ou presentes, de memórias ou de opiniões sobre quaisquer matérias, sem "tabús".
Nem mesmo em política eu, pessoalmente, engraço com tabús, pertencendo, embora, a uma agremiação partidária, onde há membros dados a tal...
Para tudo se encontra, com boa vontade, uma solução luminosa. E, assim, optei por manter o "círculo Aguiar", como um círculo de amigos, incluindo, afinal, todos os que efectivamente nele vinham participando, com as suas mensagens. E por criar um outro, completamente aberto, onde se podem manifestar os que assim arriscam expor ou publicitar ideias ou eventos das suas vidas : o AGUIARÍSSIMO.
Um pouco mais ousado. Daí , sem imodéstia, o superlativo.
Pode querer dizer, apenas, que são aqueles que gostam de "partir a loiça".
O que, na nossa família, pode bem não ser mera figura de retórica...Há as divertidas histórias do Avô António, que partia, à bengalada, pratos de barro, nas festas da terra, para gáudio das vendedoras, a quem pagava o produto a dobrar...E as de um dos netos, e alguns bisnetos, que lhe seguiram as pisadas. Eu própria, também, em criança. Confesso que há muito me não exercito nessa prática...
Depois desta alusão ao Avô, vou contar somente o que se passa, ou passou comigo...

outubro 25, 2008

O Aguiaríssimo,depois do C.A. e antes do Blogguiar

O Círculo Aguiar é, de agora em diante, mais pequeno, limitado aos que usam o apelido, e poucos mais. Depois lhes direi porquê...
Este é abertíssimo, embora eu saiba que corro o risco de o tornar uma espécie de ensaio para o "e-book" das minhas memórias ! Só assim não será, se quiserdes ter a palavra...
Aqui deixo uma imagem aguiaríssima de uma prima viajada, a Docas, que vai entrer em cena, quando falar das minhas 1ªs excursões.
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